Congresso reage a tarifas dos EUA e defende soberania do Brasil
Alcolumbre e Hugo Motta criticam decisão dos EUA e reafirmam unidade do Parlamento; governo Lula articula resposta com Alckmin
Congresso promete firmeza diante da ofensiva americana
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil – AP), afirmou nesta quarta-feira (16) que o Congresso Nacional está unido para reagir à nova tarifa de 50% imposta pelos Estados Unidos aos produtos brasileiros. A medida, segundo ele, representa uma agressão direta à economia nacional e exige resposta firme.
“Vamos defender a soberania nacional, os empregos dos brasileiros e a competitividade das nossas empresas”, disse Alcolumbre. A declaração foi dada logo após reunião com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin.
Além disso, o senador destacou que o momento exige união entre os Poderes. Conforme Alcolumbre, o papel do Legislativo será dar apoio político e institucional às medidas do governo federal.
Alckmin assume liderança das negociações
Para Alcolumbre, a condução do processo deve partir do Executivo. Assim, ele elogiou a decisão do presidente Lula de designar Alckmin, também ministro da Indústria e Comércio, como coordenador do comitê responsável pela resposta brasileira.
“Lula acertou ao empoderar Alckmin para liderar essas tratativas com equilíbrio, sem abrir mão da soberania e dos interesses nacionais”, afirmou o presidente do Senado. Segundo ele, é essencial manter o diálogo diplomático, mas com firmeza e clareza de objetivos.
Enquanto isso, o Congresso atuará como retaguarda. Dessa forma, garantirá agilidade nas decisões que exigirem respaldo legislativo.
Parlamento aposta na Lei da Reciprocidade
O presidente da Câmara, Hugo Motta, também reforçou o tom de união institucional. De acordo com ele, a tarifa imposta por Washington resultou em um novo momento de coesão nacional. “Estamos unidos em defesa do Brasil, da nossa indústria e dos empregos do povo brasileiro”, declarou.
Motta lembrou que o Congresso aprovou em abril a Lei da Reciprocidade Comercial (PL 2.088/2023), sancionada por Lula nesta semana. A norma autoriza o governo a adotar medidas equivalentes contra países que impuserem barreiras comerciais ao Brasil.
“Esse é um instrumento legítimo e já está à disposição do Executivo. Se novas ações forem necessárias, o Parlamento está pronto para agir com rapidez”, concluiu.
