Rejeição esmagadora: 85% dos brasileiros são contra aumento no número de deputados, aponta Quaest
População rechaça proposta do Congresso para inflar Câmara Federal; tendência no governo é vetar projeto caso avance

Uma pesquisa do instituto Quaest, feita em parceria com a Genial Investimentos, revelou que 85% dos brasileiros rejeitam o aumento no número de deputados federais. A proposta, articulada por setores do Congresso Nacional, enfrenta grande resistência popular. Além disso, o Palácio do Planalto já avalia vetar o projeto, caso ele avance.
Apenas 9% da população apoia a medida, enquanto 6% não souberam ou preferiram não opinar. Nos bastidores, a proposta vem sendo apresentada como um “ajuste proporcional” após o Censo. No entanto, muitos enxergam a ideia como um disfarce para criar mais cargos, privilégios e despesas públicas.
Governo tende a barrar avanço do projeto
Dentro do governo federal, a ordem é clara: não há clima político para bancar mais deputados. Conforme apurou a imprensa, auxiliares presidenciais afirmam que o desgaste com o Congresso é crescente. A medida, portanto, tende a ser vetada caso receba aval das duas casas legislativas.
Crise de representatividade ou puro oportunismo?
Enquanto o projeto circula entre líderes partidários, a justificativa oficial gira em torno da redistribuição proporcional dos estados com base no novo Censo. Contudo, críticos apontam que o objetivo real seria acomodar partidos fisiológicos e garantir mais controle sobre emendas parlamentares.
Esse movimento reforça o desgaste entre eleitores e políticos. Além disso, a tentativa de inflar a Câmara pode agravar a crise de representatividade já instalada no país.
Mais cadeiras, mais gastos
Em um cenário de crise fiscal, a proposta vai na contramão da responsabilidade com os gastos públicos. Cada novo deputado exige salário, estrutura de gabinete, assessores, verbas de viagem e outros custos operacionais. Especialistas veem nisso uma escalada desnecessária de despesas.
Enquanto isso, temas essenciais como saúde, segurança e educação continuam sendo deixados de lado nas prioridades legislativas. Por fim, o avanço dessa pauta tende a aumentar a pressão popular contra o Congresso e a classe política em geral.