Lucas Kitão é reconhecido como único vereador contra projetos polêmicos e consegue reeleição na Câmara de Goiânia
O parlamentar teve 7.806 votos e foi o mais votado na chapa do União Brasil
O vereador Lucas Kitão (União Brasil) foi reeleito para seu 3º mandato na Câmara de Vereadores de Goiânia, com 7.806 votos, e ficou em 1º na chapa do seu partido. O parlamentar foi um dos 23 vereadores reeleitos e foi o único vereador a votar contra o aumento da verba de gabinete, o empréstimo de R$ 710 milhões, o novo Código Tributário Municipal (CTM) que resultou no aumento do IPTU, o novo Plano Diretor Municipal e a autorização para a terceira eleição consecutiva da Mesa Diretora.
Lucas chegou a lançar-se como pré-candidato a prefeito de Goiânia, ainda pelo PSD, mas recuou de sua pré-candidatura para apoiar o candidato Sandro Mabel (União Brasil) a convite do próprio candidato e do governador Ronaldo Caiado (União Brasil).
Kitão ainda foi reeleito licenciado do mandato. Lucas abriu espaço para o 1º suplente do antigo PSL, Rodolfo Souza (hoje no União Brasil), e se licenciou no início do pleito, em agosto, para focar totalmente em sua campanha de reeleição sem que este trabalho chocasse com sua agenda no Poder Legislativo.
De acordo com o vereador reeleito, esse movimento foi essencial para sua campanha, porque entendeu que a solução para a capital goianiense não estava dentro daquela Casa e sim nas urnas, no eleitor. “A solução para este mandato está nas ruas, nas urnas e no voto e o eleitor goianiense sentiu-se representado em nosso mandato”, afirmou Kitão.
Kitão foi o único parlamentar contrário aos projetos mais polêmicos desta legislatura
O mote de sua campanha foi “O único vereador que votou contra o aumento do IPTU, o empréstimo de R$ 710 milhões e a venda de áreas públicas municipais”.
O primeiro texto polêmico foi aprovado ainda no primeiro ano desta legislatura, em 2021, com a famosa criação do Custo Unitário Básico (CUB) e o aumento abusivo do IPTU. O novo CTM foi aprovado em setembro de 2021 por 23 votos favoráveis, quatro votos contrários e três abstenções. Somente Kitão e os ex-vereadores Gabriela Rodart (SD), Mauro Rubem (PT) e Santana Gomes (PRTB) foram contrários ao projeto.
O segundo projeto considerado “maléfico” por Kitão e que foi aprovado por essa legislatura foi o novo Plano Diretor de Goiânia. O projeto foi aprovado após uma tramitação marcada por polêmicas, como a redução das Áreas de Proteção Permanentes e o aumento de áreas com autorização para construção de edifícios.
O novo Plano Diretor foi aprovado por 25 votos favoráveis. Somente 6 vereadores foram contrários: Lucas Kitão, Aava Santiago (PSDB), Anderson Sales Bokão (MDB), Marlon Teixeira (PDT), Mauro Rubem e Santana.
O terceiro texto polêmico aprovado por essa legislatura foi a criação e o aumento da verba de gabinete, aprovada no mesmo ano. Kitão foi o único parlamentar contra o aumento da verba de gabinete, aprovada em abril de 2022 e que foi atualizada em junho. Os valores saíram de R$ 78 mil para 95 mil durante este período. Junto com o projeto, e a autorização da terceira eleição do mesmo grupo na Mesa Diretora.
Mais recentemente, em março deste ano, a Câmara Municipal aprovou a autorização do empréstimo de R$ 710 milhões. Kitão questionou o fato do empréstimo estar em pauta durante ano eleitoral e tentou barrar o projeto na Justiça, junto com outros parlamentares.
Além do questionamento, o vereador foi um dos sete parlamentares contrários ao projeto, junto com Aava, Katia Maria (PT), Igor Franco (MDB), Willian Veloso (PL), Paulo Magalhães (União Brasil) e Sargento Novandir (MDB).
Lucas Kitão, que está licenciado foi o único parlamentar contra todos estes projetos, assim como a autorização para a venda de Áreas Públicas Municipais (APM), que ainda tramita na Câmara de Goiânia e que viu seu projeto de regulamentação de torres e antenas do 5G sendo arquivado por seu posicionamento em algumas destas votações.
Apesar do fato, o parlamentar atuou para destravar o segundo projeto, apresentado pelo Paço Municipal e que estava parado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e ajudou a aprovar o projeto em definitivo.