Goiânia e a Falta de Leitos de UTI: Quarta Morte em Uma Semana Escancara Crise na Saúde
Paciente morreu enquanto aguardava vaga; negligência da gestão Rogério Cruz é alvo de críticas.
A morte do técnico de informática Luiz Felipe Figueiredo da Silva, de 30 anos, na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Jardim Novo Mundo, reforça o colapso da saúde pública em Goiânia. Noticiada pelo jornal O Popular na manhã desta segunda-feira (25), essa é a quarta morte registrada em menos de uma semana de pacientes que aguardavam vaga em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) na capital. Luiz faleceu no último sábado (23), após quatro dias esperando por um leito.
Segundo Lavínia Felipe da Silva, de 27 anos, esposa da vítima, o pedido de transferência foi feito no dia 20, mas nenhuma solução foi apresentada pela gestão municipal. “Ele precisava de uma UTI para sobreviver. Esperamos, mas a vaga nunca veio”, lamentou. Luiz apresentava um quadro de meningite, de acordo com o prontuário médico, mas a causa oficial da morte ainda será investigada pelo Serviço de Verificação de Óbitos (SVO).
Crise na Gestão Rogério Cruz
Apesar das mortes consecutivas, a Prefeitura de Goiânia, sob a gestão de Rogério Cruz (Republicanos), não apresentou uma explicação pública para a falta de leitos e a demora nas transferências. Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) limitou-se a informar que o caso será investigado, sem esclarecer por que pacientes estão morrendo sem acesso a atendimento intensivo.
O silêncio do prefeito tem gerado indignação entre moradores e profissionais de saúde, que apontam a desorganização e a falta de investimentos no setor como fatores críticos para o agravamento da situação. “Essas mortes não são apenas números. São vidas perdidas por negligência e falta de compromisso com a saúde pública”, criticou um médico da rede municipal.
Soluções em Debate
O prefeito eleito Sandro Mabel (União Brasil) afirmou neste domingo (24), em vídeo divulgado nas redes sociais, que já está tratando do tema com o governador Ronaldo Caiado (União Brasil) e o secretário de Saúde de Goiás, Rasível Santos. Segundo Mabel, as mortes são inaceitáveis. “Não podemos permitir que as pessoas continuem morrendo por falta de leitos de UTI. Isso será prioridade no meu governo.”
Enquanto promessas são feitas para o futuro, a gestão Rogério Cruz continua sendo pressionada para apresentar respostas imediatas e impedir que mais vidas sejam perdidas por falta de atendimento adequado.