Último ato de Rogério Cruz: prefeito sanciona polêmica taxa do lixo em Goiânia
Projeto aprovado pela Câmara define cobranças para imóveis e gera críticas de moradores.
Em seu último ato como prefeito de Goiânia, Rogério Cruz (Republicanos) sancionou nesta sexta-feira, 20, a polêmica taxa de limpeza pública, conhecida como taxa do lixo. A decisão foi tomada após aprovação em segunda votação pela Câmara Municipal na quarta-feira, 18, e contou com pareceres favoráveis da Procuradoria Geral do Município (PGM) e da Casa Civil.
A medida detalha os valores das cobranças para diferentes categorias de imóveis, incluindo residenciais, comerciais e industriais, além de isenções específicas para famílias de baixa renda inscritas em programas sociais. Apesar dessas previsões, a nova taxa tem gerado críticas tanto de moradores quanto de parlamentares.
Votação dividida na Câmara
O projeto foi aprovado com o apoio da maioria dos vereadores, mas encontrou oposição significativa. Dez parlamentares votaram contra a proposta, alegando que a medida onera a população em um momento de dificuldades econômicas.
Repercussão pública
A sanção da lei gerou um intenso debate entre os moradores, que questionam a necessidade da nova cobrança. “Já pagamos tantos impostos, e agora isso. Onde está a transparência com os serviços?”, questionou João Silva, morador do Setor Bueno.
Por outro lado, a Prefeitura defende a medida como essencial para a manutenção dos serviços de limpeza urbana e a sustentabilidade financeira da cidade. Em nota, a administração municipal afirmou que a taxa segue modelos adotados em outras capitais brasileiras e é necessária para cumprir exigências legais e ambientais.
O papel de Sandro Mabel
Nos bastidores, a sanção da taxa foi interpretada como resultado da pressão exercida pelo prefeito eleito Sandro Mabel (União Brasil), que teria articulado para que a medida fosse aprovada antes de assumir o mandato. O movimento visa garantir a manutenção dos serviços de limpeza e o equilíbrio fiscal na transição de gestão.