Nepotismo em Jericoacoara: Prefeito Leandro Transforma Prefeitura em Empresa Familiar
Nomeações de parentes para cargos-chave evidenciam desprezo pela meritocracia e gestão pública eficiente.
A prefeitura de Jijoca de Jericoacoara, um dos principais destinos turísticos do Brasil, virou palco de um verdadeiro escândalo de nepotismo. O prefeito Leandro Brandão nomeou pelo menos seis parentes próximos para cargos estratégicos da administração municipal, consolidando o que parece ser uma gestão baseada em vínculos familiares, e não em competência técnica.
Entre os nomeados estão Adriele Teixeira, sua esposa, como responsável pela Assistência Social; Amanda Brandão, sua irmã, na Secretaria de Finanças; Cleidiane Brandão, prima, à frente da Licitação; Jairo Brandão, outro primo, como Procurador Geral do Município; e Hércules Brandão, também primo, na Infraestrutura.
A prática do nepotismo, embora condenada moralmente e em alguns casos legalmente, é um vício persistente em diversas administrações públicas pelo Brasil. Além de evidenciar o descaso com a escolha de profissionais qualificados, nomear parentes coloca em xeque a transparência e a eficiência da gestão pública.
Enquanto a cidade enfrenta desafios estruturais e sociais, como a precariedade no saneamento básico e a falta de infraestrutura para atender o crescente fluxo de turistas, a prefeitura parece mais preocupada em consolidar uma dinastia familiar no comando das pastas.
Essa “farra do emprego” escancara um problema estrutural que assola muitas cidades nos rincões do Brasil, onde prefeitos confundem os limites entre o público e o privado. É inaceitável que recursos públicos, provenientes do bolso do contribuinte, sejam usados para sustentar relações familiares, deixando de lado os reais interesses da população.
A gestão pública deveria ser pautada pela meritocracia e pelo interesse coletivo. Quando um prefeito nomeia seus próprios parentes, ele não apenas enfraquece a confiança no sistema político, mas também perpetua a ideia de que a administração pública é um negócio familiar, e não uma responsabilidade com a sociedade.
A sociedade de Jijoca de Jericoacoara merece respostas. O Ministério Público e os órgãos de controle devem intervir para garantir que a prefeitura funcione com base na ética, na transparência e no compromisso com o bem-estar coletivo.
Afinal, até quando práticas como essas serão toleradas?