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    MP-GO investiga supersalários e irregularidades na Comurg

    Caso envolve denúncia de salários elevados, desvios de função e falta de transparência na Companhia de Urbanização de Goiânia.

    O Ministério Público de Goiás (MP-GO) está investigando uma série de irregularidades na Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg), incluindo o pagamento de supersalários e a concessão de gratificações questionáveis. O caso ganhou destaque após o prefeito Sandro Mabel (União Brasil) revelar que uma auxiliar de serviços gerais estaria recebendo um salário de R$ 44 mil.

    Apesar da repercussão recente, o inquérito foi instaurado pelo MP-GO em junho de 2023, com base em apontamentos do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM). Segundo o órgão, a Comurg não apresenta informações sobre sua folha de pagamento desde 2019 e não submete editais de seleção pública à análise desde 2008, levantando suspeitas sobre a gestão dos recursos públicos.

    Investigações em andamento
    A apuração conduzida pelo MP-GO busca esclarecer:

    A origem dos supersalários e gratificações: Identificar como foram aprovados pagamentos considerados fora dos padrões.
    Cargos comissionados e desvios de função: Investigar se há servidores ocupando cargos de forma irregular.
    Falta de controle financeiro: Verificar o motivo da ausência de transparência na folha de pagamento.
    Priorização de comissionados: Entender por que a realização de concursos públicos tem sido negligenciada.
    O TCM determinou em 2024 a abertura de uma tomada de contas especial para apurar e recuperar eventuais prejuízos ao erário. A medida está em andamento, permitindo que os responsáveis apresentem suas defesas.

    Outras denúncias
    Além dos supersalários, o MP-GO investiga:

    Nomeações irregulares de servidores em cargos destinados a efetivos;
    Uma dívida trabalhista acumulada de R$ 40 milhões;
    Supostas irregularidades em contratos firmados entre a Comurg e a Prefeitura de Goiânia.

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