“Imposto da Blusinha” é considerado maior erro do governo Lula, aponta pesquisa
Taxação de compras de até US$ 50 teve 70% de reprovação, superando outras medidas impopulares, como a fiscalização do Pix e declarações sobre Israel.

“Imposto da Blusinha” é considerado maior erro do governo Lula, aponta pesquisa
A taxação de compras internacionais de até US$ 50 (cerca de R$ 300) foi a medida mais impopular do governo Lula, segundo a pesquisa Atlas. A medida recebeu 70% de reprovação, superando outras ações criticadas, como a tentativa de fiscalização do Pix e declarações do presidente sobre o conflito entre Israel e Hamas.
A pesquisa mostra que medidas econômicas voltadas à classe média e ao consumo digital geram forte rejeição, enquanto ações como o programa Desenrola e a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil são amplamente aprovadas.
A decisão de tributar compras internacionais afetou principalmente consumidores que compram em sites como Shein, Shopee e AliExpress, provocando grande mobilização nas redes sociais contra o chamado “Imposto da Blusinha”.
Rejeição alta em diversos setores
A medida enfrenta resistência de consumidores e até mesmo de setores da economia que veem a taxação como um entrave ao comércio digital. Apesar disso, o governo justificou a decisão como uma forma de equilibrar a concorrência entre varejistas nacionais e estrangeiros.
Outras medidas que tiveram forte desaprovação incluem a tentativa de fiscalização do Pix para transações acima de R$ 5 mil (58% de reprovação) e a comparação feita por Lula entre as ações de Israel na Faixa de Gaza e o Holocausto (47% de rejeição).
Já entre os pontos positivos, a pesquisa Atlas destaca o programa de renegociação de dívidas Desenrola e a isenção do IR para quem ganha até R$ 5 mil, ambos com 72% e 71% de aprovação, respectivamente.