• Nacional

    Justiça Eleitoral de São Paulo declara Pablo Marçal inelegível por 8 anos por abuso de poder político e econômico

    Em decisão proferida nesta sexta-feira, 21 de fevereiro de 2025, a Justiça Eleitoral de São Paulo declarou o empresário e influenciador digital Pablo Marçal inelegível por um período de oito anos. A sentença resulta de cinco ações de investigação judicial eleitoral (Aijes) que apontaram abuso de poder político e econômico durante sua campanha à Prefeitura de São Paulo em 2024.

    Entenda o caso

    As ações foram movidas por adversários políticos, incluindo Tabata Amaral (PSB) e Guilherme Boulos (PSOL), além do Ministério Público Eleitoral. As acusações centram-se em práticas como a promoção de concursos de “cortes” de vídeos, nos quais seguidores eram incentivados a disseminar conteúdos favoráveis a Marçal em troca de premiações em dinheiro. Outra acusação envolve a solicitação de doações de R$ 5.000 para gravação de conteúdos de apoio a candidatos em todo o país.

    Decisão judicial

    O juiz eleitoral Antonio Maria Patiño Zorz, responsável pelo caso, considerou que as práticas configuraram abuso de poder econômico e uso indevido dos meios de comunicação, comprometendo a igualdade de condições entre os candidatos. Com a condenação em primeira instância, Marçal poderá recorrer ao Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) e, posteriormente, ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Caso a decisão seja mantida, ele ficará impedido de concorrer em eleições até 2032.

    Repercussão e próximos passos

    A defesa de Marçal afirmou estar confiante na reversão da decisão em instâncias superiores, alegando que não houve ilícitos nas ações do empresário durante a campanha. Enquanto isso, analistas políticos avaliam que a inelegibilidade de Marçal pode impactar significativamente o cenário político nas próximas eleições, especialmente considerando suas pretensões de concorrer à presidência em 2026.

    Últimas Notícias