G7 pede a retirada de tropas russas da Ucrânia e condena ações da China
Os chanceleres dos países-membros do G7 (grupo dos sete países mais desenvolvidos do mundo) emitiram uma declaração conjunta durante um encontro de três dias na cidade de Karuizawa, província de Nagano, na região central do Japão, pedindo a retirada imediata de tropas russas do território da Ucrânia e expressando forte oposição às tentativas da China de mudar unilateralmente o status quo pela força e coerção.
A declaração condena a Rússia e pede a retirada imediata e incondicional de todas as tropas do país da Ucrânia. Os ministros do G7 expressaram preocupação com a escalada do conflito entre a Rússia e a Ucrânia, que teve início em 2014 com a anexação da Crimeia pela Rússia e tem se intensificado nos últimos meses, com a concentração de tropas russas na fronteira ucraniana e os combates em curso no leste da Ucrânia.
Além disso, a declaração do G7 também menciona a China, expressando sérias preocupações com as situações nos Mares da China Oriental e Meridional, e ressaltando a importância da paz e estabilidade no Estreito de Taiwan. Os chanceleres do G7 manifestaram oposição a quaisquer tentativas de mudança unilateral do status quo em qualquer parte do mundo e destacaram seu compromisso com uma ordem internacional livre e aberta, com base no Estado de direito.
O ministro dos Negócios Estrangeiros do Japão, Hayashi Yoshimasa, declarou à imprensa que essa é a primeira vez que o G7 manifesta por escrito sua oposição a quaisquer tentativas de mudança unilateral do status quo em qualquer parte do mundo. Ele destacou ainda o envolvimento dos ministros do G7 em uma ordem internacional livre e aberta, com base no Estado de direito, algo que o Japão considera de extrema importância.
Além das questões relacionadas à Ucrânia e à China, a declaração do G7 também pede que países terceiros parem de fornecer armas à Rússia, o que indica a preocupação dos países-membros com o fornecimento de armamentos que possam agravar o conflito na Ucrânia.
A declaração conjunta do G7 é um sinal de união e posicionamento dos países-membros em relação a questões geopolíticas importantes e reflete a preocupação com a escalada de tensões entre Rússia e Ucrânia, assim como as ações da China em áreas disputadas nos mares da região Ásia-Pacífico. O G7 reafirma seu compromisso com uma ordem internacional baseada no Estado de direito e busca promover a paz, estabilidade e cooperação entre as nações.