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    Depósitos clandestinos de reciclagem em Goiânia: o elo perigoso entre o consumo de drogas e o roubo de materiais valiosos

    O consumo de crack em Goiânia tem apresentado um crescimento alarmante, levando até à criação de áreas conhecidas como “cracolândias” na capital goiana.

    O crack, assim como outras substâncias de abuso, causa dependência ao afetar diretamente a dopamina. A dopamina é o neurotransmissor responsável por regular funções como atenção, comportamento, memória, emoções e motivação. Ao ser usado, o crack impede a remoção da dopamina pelos transportadores, o que resulta em um acúmulo da substância e na intensa sensação de euforia associada ao uso da droga. Essa experiência prazerosa leva o indivíduo a buscar continuamente a droga, em busca de manter-se sempre no estado de felicidade artificial.

    A dependência do crack é devastadora, levando muitos usuários a perderem suas casas, empregos e acabarem vivendo nas ruas. Alguns, mesmo tendo um emprego e uma residência, não conseguem se sustentar devido aos gastos excessivos com a droga. Como forma de financiar o vício, relatos indicam que alguns usuários estão recolhendo lixo reciclável e roubando fios de cobre para vender em depósitos clandestinos. A venda desses materiais permite que eles comprem mais drogas, perpetuando o ciclo vicioso.

    O cobre tornou-se um dos metais mais visados devido à sua alta condutividade elétrica, o que eleva seu valor no mercado.

    Diante dessa situação preocupante, contatamos a Prefeitura de Goiânia para abordar o assunto, buscando esclarecimentos e ações que a administração municipal possa tomar para enfrentar esse problema. Até o momento, não obtivemos retorno das autoridades competentes, o que aumenta a urgência de se encontrar soluções para lidar com o consumo descontrolado de crack e a atuação dos depósitos clandestinos.

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