Reforma Tributária: especialista adverte para possível aumento de impostos
Em meio às discussões sobre a Reforma Tributária, o economista Bruno Martins Andrade ressalta que ainda é cedo para prever os reais efeitos da medida na vida dos consumidores. Segundo o especialista em Engenharia Econômica e Financeira, a falta de detalhes sobre a proposta gera incertezas quanto a possíveis aumentos de impostos.
“Nós ainda não temos bagagem para falar sobre como a reforma vai impactar na vida do consumidor, porque nós ainda não sabemos”, ressaltou o economista. “Os consumidores viverão em um mundo de incerteza, enquanto não distinguirem de fato quais são as alíquotas e as regras do sistema de arrecadação“.
Uma das principais preocupações levantadas por Bruno é que a reforma esteja sendo conduzida de forma parcial, contemplando apenas alguns tributos. Segundo ele, ela deveria incluir o imposto de renda, a contribuição social e o INSS, tributos com cargas significativas que não estão sendo discutidos no atual contexto.
O especialista questiona a segurança de que não haverá aumento nos tributos com a proposta atual. Na visão de Bruno, ao trazer um sistema tributário homogêneo, pode-se configurar um aumento de carga tributária. Afinal, a falta de diferenciação entre as alíquotas pode gerar uma perda de fator competitivo para algumas empresas.
A Reforma deve mesmo acontecer?
Bruno não nega a importância da reforma, mas não concorda com a abordagem adotada para sua realização. “Nós temos um texto que foi aprovado em 48 horas. A mudança de um sistema tributário nacional foi discutida em 48 horas! Não importa quem fez a proposta, o que nos importa é que tenhamos algo que estruturalmente impacte no Brasil. Daqui em diante, nós devemos unir forças para mudar aquilo que foi feito às pressas”, enfatizou o economista ao abordar as questões políticas relacionadas à reforma.
Especialistas como Bruno Andrade ressaltam a necessidade de um debate mais amplo e esclarecido para que as decisões tomadas beneficiem verdadeiramente a economia brasileira.