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    Desemprego, falta de representação e baixa qualidade da educação afastam os jovens da política

    Em entrevista ao Transmissão, o Secretário Nacional de Juventude pelo PSB, Tony Sechi, falou sobre a participação da juventude brasileira na política.

    Tony destacou que a juventude brasileira está desanimada e sem perspectivas, o que se reflete na baixa participação política. Ele atribuiu esse cenário a uma série de fatores, incluindo o desemprego, a falta de representação dos partidos políticos e a baixa qualidade da educação.

    Atualmente, a juventude brasileira é a maior faixa etária da população, mas é a menos representada no Congresso Nacional. Tony afirma que, em breve, o país terá mais idosos do que jovens. “A gente tem um país jovem ainda, mas quem toma as decisões no país não é a juventude”, disse.

    O desemprego é um dos principais fatores que afastam os jovens da política. “Atualmente 18% dos jovens estão desempregados. Isso é um valor muito alto, é o dobro da taxa nacional” disse. Além disso, 36% dos jovens estão na faixa “nem-nem”, ou seja, não trabalham nem estudam. “É muito difícil um jovem que nem trabalha, que nem estuda, que está desanimado, querer se interessar com a política, porque a política não traz um resultado efetivo para a vida dele”.

    O secretário também criticou a falta de abertura dos partidos políticos para a participação da juventude.  “Os partidos normalmente não representam a sociedade, não tem uma coerência, as elites partidárias não são democráticas. Isso afasta muito a participação do jovem, porque ele não se sente representado, ele não se sente à vontade para participar da política“.

    “Hoje a juventude pode até não participar do partido em si, mas é uma juventude que dá a sua opinião, que participa do movimento estudantil, que se envolve em outras entidades como atléticas, ONGs, enfim, que participam de outras formas.”

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