Crise no Imas: servidores pagam, mas não recebem atendimento
O Instituto Municipal de Assistência Social (Imas) de Goiânia está vivendo uma crise que pode afetar milhares de servidores municipais. A vereadora Aava Santiago, classificou a situação como uma “crise que vai explodir nas nossas cabeças”.
“Há mais de 1 ano os hospitais privados viram o pagamento dos serviços prestados ao Imas atrasarem cada vez mais e muitos deixaram de acolher os usuários do plano de saúde”, disse ela.
O Instituto arrecada regularmente 8% do salário dos servidores municipais, descontando diretamente em seus contracheques a cada mês. No entanto, esses recursos não estão sendo repassados aos prestadores de serviço. Isso tem feito com que hospitais, laboratórios e clínicas suspendam seus atendimentos.
A vereadora conta que visitou a Casa de Eurípedes, um hospital psiquiátrico, e se surpreendeu com o que viu. “A Casa de Eurípedes pediu para sair do Imas, mas foi ameaçada por membros da administração do Instituto”, diz ela. “Eles chegaram lá com viaturas querendo obrigar a Casa a aceitar internação. Foi nesse momento que a Casa decidiu oficialmente deixar de atender pelo Imas”.
A vereadora Aava Santiago, afirma que essa é uma crise sem precedentes na cidade. “Nunca aconteceu uma crise nessa dimensão em Goiânia”, diz ela. “Eu ouvi isso de hospitais filantrópicos que atendem o município há 40 ou 50 anos: é a primeira vez que isso acontece“.