Audiência pública, promovida pela deputada Bia de Lima, debateu, nesta 4ª-feira, na Alego, soluções para problemas do Imas
A deputada Bia da Lima (PT) promoveu, na tarde desta quarta-feira, 31, audiência pública intitulada “Por um Imas de qualidade”. Realizado no auditório 1 da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), o evento debateu soluções para os problemas do Instituto Municipal de Assistência à Saúde dos Servidores da Prefeitura de Goiânia (Imas), assim como iniciativas para o fortalecimento da entidade.
Além de Bia de Lima, fizeram parte da mesa a conselheira do Imas e professora Meibe Freitas; a secretária do Sindicato dos Trabalhadores em Educação no Estado de Goiás (Sintego), Ludmylla Morais e Luis Henrique Ribeiro Gabriel, representante do Sindicato dos Laboratórios de Análise e Bancos de Sangue de Goiás (Sindilabs-GO).
Em seu pronunciamento na abertura do evento, a deputada chamou a atenção para os problemas que o Imas enfrenta atualmente, como os pacientes não conseguirem marcar consultas e realizar internações e tratamentos. “Tem pessoas que estão com câncer e não podem continuar o tratamento porque a instituição não recebeu os pagamentos devidos”, afirmou.
Bia questionou por que a Prefeitura não faz os devidos repasses para que o Imas possa quitar seus compromissos. “Por exemplo, são milhões que a Comurg deve para o Imas e não repassa, são milhões que a Prefeitura deve para o Imas e não repassa. E aí, o que acontece? Os médicos, as entidades, os hospitais e as clínicas não recebendo aquilo que por direito deveriam ter recebido, acabam se vendo na obrigação de fechar o atendimento”, comentou.
A parlamentar também cobrou providências de outros órgãos e entidades, como o Ministério Público e a Câmara Municipal. “Por que na hora de indicar o representante e o presidente do Imas, eles estão prontos para indicar, mas na hora de cumprir as obrigações legais, o que a Câmara está fazendo? Nós estamos querendo saber”, questionou.
Falta de pagamento
A professora Meibe Freitas, que faz parte do Conselho de Contas do Imas, reafirmou que o maior problema não é o prestador, é, geralmente, a administração do dinheiro do Imas, que, segundo ela, não é gerido pelo instituto. “Nós não temos controle sobre o pagamento. Então, o prestador fica atendendo um ano e pouco, não recebe e suspende o atendimento”, conta. Segundo ela, foram apresentadas, pelo conselho, 12 alternativas para que pudesse melhorar as condições financeiras do Imas, mas apenas uma foi aplicada.
Por sua vez, Ludmylla Morais, do Sintego, afirmou que o Imas virou caso de polícia. “Nós fomos parar em Delegacia de Crimes contra a Administração Pública. Fomos parar no Ministério Público inúmeras vezes pedindo providências. O Imas não é da Prefeitura, não é da Câmara Municipal, é do servidor”, ressaltou.
Luis Henrique Ribeiro, do Sindilabs, salientou que os problemas com o Imas preocupam os prestadores desde 2018, quando houve um atraso maior no pagamento dos serviços, mas os profissionais não vêem o instituto como algo ruim. “Pelo contrário, nós queremos atender o paciente, nossa estrutura toda é para isso. Mas, o que aconteceu no lmas conosco foi muito bem falado por todos. Sempre tinha um atraso no pagamento que superava os 90 dias. Mas, por contrato, nós teríamos que esperar 180 dias”, enfatizou.
Fonte: Agência Assembleia de Notícias