Principal cabo eleitoral de Alcides, Vilmar busca empréstimo milionário
Prefeito Vilmarzinho, com aval da maioria dos vereadores, aumenta dívida de Aparecida no apagar das luzes
A quatro meses para o final do mandato, o prefeito de Aparecida Vilmar Mariano está empenhado em conseguir um empréstimo de R$ 350 milhões junto ao Banco do Brasil, em caráter de urgência. Porém, o próprio Banco do Brasil autorizou somente R$ 100 milhões.
No final da manhã desta quarta-feira (21), os vereadores aprovaram o projeto em regime de urgência. Aliados de Vilmar e Alcides, justificaram o voto a favor do projeto alegando que a prefeitura não tem dinheiro em caixa nem para pagar a folha de agosto dos servidores municipais e que as diversas obras eleitoreiras que foram lançadas pelo prefeito vão continuar paralisadas.
Em abril deste ano, durante uma apresentação do setor econômico de Aparecida, feita pelo secretário Einstein Paniago, o município possuía superávit no valor de R$ 354 milhões.
Segundo ele, isso teria sido possível graças à gestão fiscal responsável iniciada por Maguito e prosseguida por Gustavo.
A primeira versão do projeto de lei enviada pelo Executivo chegou a ser devolvida pelo presidente da Câmara, André Fortaleza (MDB), pela falta de detalhamento da utilização dos recursos, principalmente por ser tão próximo do final do mandato.
O projeto de lei foi enviado novamente à Câmara Municipal e a Prefeitura continuou sem apresentar informações referentes ao pagamento como taxa de juros, prazo de carência e o prazo total de financiamento e sem o detalhamento da utilização dos recursos.
O vereador Gleisson Flávio (PL) teceu críticas ao projeto. Segundo informações que ele obteve, os juros serão de 1.32% ao mês. “Um projeto encaminhado a toque de caixa, no atropelo, sem nenhum planejamento. Estamos a pouco mais de 4 meses para o final do mandato. Qual a finalidade deste empréstimo e onde está o dinheiro que tinha antes no caixa?”.
Apesar da falta de transparência da Prefeitura de Aparecida, o vereador teve acesso aos dados que trazem prejuízos aos cofres municipais, principalmente se comparados com o empréstimo que vinha em negociação durante a gestão do então prefeito Gustavo Mendanha (MDB), principalmente pelo valor da taxa de juros que é duas vezes maior, sendo 7% do Brics e 16,85% do Banco do Brasil (empréstimo atual).
Ainda sim, por ser entendido como “cheque em branco para a prefeitura”, como disse Gleisson Flávio.
Apesar de não estar concorrendo à reeleição, Vilmarzinho está apoiando o candidato Alcides (PL) e colocou a máquina municipal a serviço da eleição do deputado com exonerações de aliados de Leandro Vilela (MDB) e nomeações de indicações de Alcides.