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    Vítimas do Césio 137 serão homenageadas no dia 23 de outubro

    Sancionada a Lei Maria Gabriela Ferreira, de autoria da vereadora Aava Santiago, que fixa um dia de homenagens às vítimas, no calendário municipal

    Está em vigor a Lei Maria Gabriela Ferreira que inclui no Calendário Oficial de Eventos de Goiânia, o Dia Maria Gabriela Ferreira em homenagem às vítimas do acidente com o Césio 137, a ser celebrado em 23 de outubro de cada ano. Maria Gabriela Ferreira foi quem levou a cápsula de material radioativo para a Vigilância Sanitária. Sua atitude ajudou a controlar o foco da contaminação, poupando centenas de vidas.

    Para a vereadora Aava Santiago, autora da matéria, uma data específica de homenagens introduz, na sociedade goianiense, reflexões acerca das consequências do acidente radiológico, além de resgatar a memória das vítimas. “Revisitar a história é fundamental para entendermos nossa essência hoje, prevenir riscos, buscar alternativas em relação ao futuro e dimensionar as consequências do acidente”, comenta Aava.

    O acidente

    O maior acidente radiológico do mundo ocorreu em Goiânia, em setembro de 1987. Foi quando catadores de material reciclável encontraram uma máquina de radiologia na sede abandonada do Instituto Goiano de Radioterapia, no centro da capital. Vendida a um ferro-velho, o dono retirou dela a cápsula de césio 137. Sem saber do que se tratava, ele e familiares foram contaminados, disseminando o material na cidade. Quatro pessoas morreram; 249 tiveram alto índice de contaminação; e várias outras até hoje precisam de acompanhamento médico.

    Entre as primeiras vítimas que perderam a vida, estão dois funcionários do ferro-velho; a esposa do dono do local, Maria Gabriela Ferreira; e sua sobrinha, Leide das Neves Ferreira. O proprietário, Devair Ferreira, morreu sete anos depois. Maria Gabriela é considerada uma heroína por ter suspeitado que o adoecimento das vítimas tinha relação com o pó que brilhava no escuro, encontrado na cápsula. Foi ela quem levou o material para a Vigilância Sanitária, permitindo a descoberta do Césio e a contenção da origem da contaminação. Maria Gabriela morreu em 23 de outubro de 1987.

    Fonte: Assessoria da vereadora Aava

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