Membros da Orquestra Sinfônica de Goiânia sobrevivem com doações e enfrentam desafios emocionais
A Orquestra Sinfônica de Goiânia (OSGO) continua a batalha pela reestruturação de cargos e salários, que permanecem inalterados desde 2011. Pamela Callaço, com 37 anos de idade e 11 anos de experiência como cantora na OSGO, revela à TV Anhanguera ter enfrentado períodos de depressão. “Isso afeta demais a saúde mental”, afirma. “A gente está nessa idade e ainda na casa da mãe, não podendo se valer de um emprego razoável que permita sair e se manter”. Para Pamela, sua situação ainda é um luxo, considerando que muitos membros da orquestra precisam sustentar suas famílias, como é o caso de Sara.
Sara Veras, corista da OSGO desde 2013, conta à TV que constrói móveis com materiais reciclados encontrados na rua. “Às vezes você não tem o que comer de manhã. O básico a gente ‘tá’ tendo, por causa de doações”, afirma.
Mãe de uma adolescente, Sara relata a angústia de não poder atender aos desejos da filha, uma realidade que contrasta com as expectativas construídas ao longo de anos dedicados à música. “É tão difícil, é humilhante. A gente estudou a vida inteira pra isso”.