Presidente da Câmara de Itajá nega direito de fala a prefeito
O prefeito de Itajá, Renis César, foi impedido de falar durante a sessão plenária na Câmara Municipal, na última quarta-feira (06). O então presidente da Casa, Geraldo Ramos, negou o pedido da vereadora Jefiany Cristina, que solicitou a palavra para o prefeito.
Segundo Geraldo, a justificativa foi de que o “clima” estava muito ruim, já que na terça-feira (05), dois vereadores “discutiram” no plenário, após o vereador Manoel Pontes questionar o valor de uma caminhonete adquirida para a Câmara em 2022, quando o vereador Ademir Freitas era presidente.
Manoel afirmou que o preço do veículo na tabela FIPE na época era de R$133.238, mas o valor pago foi de R$164.500. Ademir se defendeu dizendo que o preço na tabela hoje é de R$163.420, muito próximo ao pago.
Renis compareceu à sessão justamente para justificar uma fala realizada por Ademir. No dia anterior, Ademir disse que a prefeitura havia apresentado um projeto para a instalação de uma usina solar, com um valor que não condizia com o real. “Um projeto de iluminação de R$1.000.700,00 que fui atrás e vi que gasta 800, 700 [mil reais] para fazer”, afirmou.
Em entrevista ao Transmissão, o prefeito disse que a própria Câmara “escondeu” parte do projeto. “A gente mandou um projeto de 10 folhas, eles mandaram só o orçamento. Não mandaram a justificativa de quanto iria economizar no decorrer dos 30 anos de uso”, afirmou Renis. Segundo ele, a qualidade das placas solares é que determina o seu preço, visto que o projeto inclui os melhores equipamentos.
O presidente da Câmara, que também é pré-candidato a vice-prefeito, não lhe deu o direito de compartilhar estas informações. “Eu fui lá para fazer uso da palavra e ele falou não. Eu fiquei perplexo porque isso nunca aconteceu no município antes, eles nunca negaram palavra para ninguém”, concluiu.
Entramos em contato com Geraldo, que afirmou que nos encaminharia para a Assessoria Jurídica da Casa, mas ainda não obtivemos retorno.