Prefeitura de Aparecida deve milhões ao HMAP e hospital ameaça fechar portas
A saúde pública em Aparecida de Goiânia está à beira de um colapso. O Hospital Municipal Íris Rezende Machado (HMAP), principal unidade de atendimento da cidade, pode suspender suas atividades devido a uma dívida de quase R$ 50 milhões com a prefeitura. Sem receber repasses desde janeiro de 2024, o hospital anunciou que manterá apenas os atendimentos a casos urgentes caso a situação não seja regularizada até esta quinta-feira (5/12).
Crise no HMAP
O HMAP, gerido pela Sociedade Beneficente Israelita Albert Einstein (SBIBAE), é responsável por mais de 223 mil consultas realizadas desde sua inauguração, em junho de 2022. Em ofício enviado à prefeitura, o diretor do hospital, Felipe Piza, fez um apelo:
“Solicitamos, com máxima urgência, a regularização dos repasses financeiros devidos, como forma de garantir a continuidade das atividades e o atendimento à população.”
A suspensão dos serviços seria um golpe devastador para os moradores, que dependem do hospital para atendimentos médicos essenciais. A inadimplência da prefeitura é apontada como o principal motivo para a crise que atinge a unidade.
Problemas refletem fragilidade regional
Enquanto Aparecida enfrenta o risco de fechamento do HMAP, Goiânia, a capital do estado, também sofre com problemas graves na saúde pública. Greves de médicos e denúncias de falta de insumos nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) evidenciam a precariedade administrativa. Pacientes da região metropolitana relatam dificuldades crescentes em acessar serviços básicos de saúde, tanto em Aparecida quanto na capital.
Expectativas para o futuro
Com a transição de governo em Aparecida, as esperanças recaem sobre o prefeito eleito, Leandro Vilela (MDB), que assumirá em janeiro de 2025. A população aguarda medidas urgentes para regularizar os repasses ao HMAP e evitar o colapso no atendimento. Enquanto isso, os moradores convivem com a incerteza e o temor de perder um dos principais serviços de saúde do município.