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Acordo de Cooperação Técnica entre Prefeitura, CMTC e RedeMob é publicado e marca novo rumo para mobilidade em Goiânia

Iniciativa viabiliza integração sem precedentes entre trânsito e transporte coletivo, com foco em fluidez, sustentabilidade e eficiência, sem ônus para o município; antes da formalização, documento passou por todos os órgãos reguladores e de controle

O acordo de Cooperação Técnica celebrado entre Secretaria Municipal de Engenharia de Trânsito (SET), RedeMob Consórcio e Companhia Metropolitana de Transportes Coletivos (CMTC), marco essencial do Programa Nova Mobilidade, foi publicado no Diário Oficial do Município de Goiânia de quinta-feira (3/4).

Antes de sua formalização, o acordo passou por todos os órgãos reguladores e fiscalizadores, como TCE, TCM, AGR, Procuradoria do Município, e está completamente alinhado com a legislação vigente – incluindo a Emenda à Lei Orgânica nº 86/2024, a Lei Complementar nº 349/2022 (Plano Diretor) e o Decreto Municipal nº 1.061/2025 – e foi celebrado sem transferência de recursos públicos, conforme determina o arcabouço jurídico federal. A homologação pela Região Metropolitana também está prevista, o que permitirá uma integração mais profunda entre a operação viária da capital e os serviços metropolitanos de transporte.

O instrumento formaliza uma aliança estratégica entre entes públicos e privados para enfrentar os principais desafios da mobilidade urbana na capital, com soluções conjuntas voltadas à melhoria da fluidez viária, da operação do transporte coletivo e da mobilidade ativa — tudo isso sem gerar ônus financeiro ao município.

Para o RedeMob Consórcio, a principal motivação é fazer o transporte público funcionar melhor. Aumentar a velocidade média dos ônibus representa impacto direto nos custos deste serviço, com maior produtividade, menor necessidade de frota extra e mais eficiência operacional, beneficiando toda a cadeia de mobilidade urbana.

A SET destaca que, nos últimos dez anos, a velocidade média do tráfego em Goiânia caiu mais de 40%, provocando impactos diretos na qualidade de vida da população e na operação do transporte coletivo. Milhares de usuários enfrentam deslocamentos de até uma hora e meia, o que tem levado à migração para o transporte individual, agravando ainda mais a sobrecarga nas vias. O cenário compromete a produtividade do sistema de ônibus, reduzindo drasticamente o número de viagens realizadas por veículo — de 12 para até 7 viagens por dia, segundo dados técnicos — e elevando os custos operacionais.

Nesse contexto, o acordo representa uma medida decisiva para permitir que Goiânia retome o controle da mobilidade urbana por meio de três pilares fundamentais: a priorização do transporte coletivo, a melhoria da fluidez viária e o incentivo à mobilidade ativa. Entre as ações previstas, destacam-se: modernização semafórica e metronização do BRT; gestão unificada por meio da criação da Central Integrada de Trânsito e Transporte (CITT); integração de modais, como bicicletas compartilhadas, táxi digital e estacionamento rotativo digital, todos conectados à plataforma da RMTC; elaboração de projetos e engenharia de tráfego para desobstrução de vias arteriais; e transferência da propriedade intelectual dos estudos para o Município e fiscalização integral pela SET.

Além de melhorar o transporte coletivo, o acordo também trará ganhos ambientais, redução de congestionamentos e mais segurança no trânsito — promovendo, assim, uma cidade mais humana, sustentável e conectada.

Fotos: Alex Malheiros

Secretaria Municipal de Engenharia de Trânsito (SET) – Prefeitura de Goiânia

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