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    Mãe se recusa a deixar filha com trabalhadores da Comurg

    A mãe de uma bebê de 1 ano e 8 meses, que frequenta um CMEI em Goiânia, relatou que se sente insegura com a substituição dos funcionários da educação por servidores da Comurg na instituição. A mulher, que preferiu não se identificar, teme que os servidores da Comurg, que atuam na limpeza urbana, não tenham a qualificação necessária para lidar com as crianças.

    A mãe afirmou que ficou preocupada, principalmente após a divulgação do caso de assédio sexual envolvendo um funcionário da COMURG, que foi preso na semana passada.

    “Eu deixei de trabalhar para não deixar minha filha com uma pessoa estranha, sabe? Só voltei a trabalhar quando eu consegui a vaga dela no CMEI”, contou.

    A mulher disse que os funcionários da educação são treinados para lidar com crianças e que os servidores da Comurg não têm as mesmas qualificações. “A gente confia na instituição, com o pessoal que passou por todo um processo seletivo, criterioso, para poder trabalhar lá“.

    Os funcionários para levar a criança ao banheiro, para dar banho, é todo aquele cuidado. Agora vem gente desconhecida, que não tem a menor noção. Não tem banheiro do lado da sala da minha filha, então as crianças têm que rodear o pavilhão, indo de fraldinha pro banheiro. Aí coloca gente lá que nunca viu, não se sabe nem as procedências”, afirma.

    Ela também teme que os servidores da Companhia não estejam utilizando as roupas adequadas para trabalhar na cozinha. “Sabe-se lá o que ele tava fazendo com essa roupa, se tava pegando lixo, se tava varrendo a rua, tendo contato com coisa contaminada. E tá lá, fazendo comida pras crianças?”, questiona. 

    A mãe conta que não teve coragem de deixar sua filha na instituição e que só pretende voltar a deixá-la quando não houver mais funcionários sem formação adequada para lidar com crianças. “Morro de medo de acontecer alguma coisa com minha filha”.

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