Ativistas lançam manifesto contra Fred, candidato apoiado por Bolsonaro
Um grupo de personalidades goianienses, formado por ativistas, acadêmicos, artistas e representantes políticos, assinou nesta terça-feira, 16, um manifesto intitulado “Goiânia diz NÃO a Fred”. O documento, divulgado em meio à reta final das eleições municipais, alerta para os riscos de retrocessos políticos e sociais caso o candidato apoiado por Jair Bolsonaro, Fred, vença o pleito. Os signatários reforçam a defesa da democracia, dos direitos humanos e da justiça social, instando os eleitores a tomarem uma posição firme contra projetos que podem, segundo eles, enfraquecer conquistas históricas da capital.
Em uma mensagem direta à população de Goiânia, o manifesto pede que os eleitores não anulem seus votos ou optem por votar em branco, destacando a importância de um engajamento consciente para impedir a ascensão de candidaturas que, na visão dos ativistas, representam um retrocesso nas políticas públicas e na defesa da pluralidade. “Esse é um chamado à responsabilidade de todos nós”, afirma um trecho do documento. Entre as preocupações expostas, está o temor de que direitos conquistados, como o subsídio nas tarifas de transporte público e os espaços de participação social, sejam desmantelados.
O manifesto também faz um resgate da participação de Goiânia em momentos importantes da história política brasileira, lembrando a relevância do primeiro comício das Diretas Já, realizado na cidade. Ao evocar essa memória, os autores ressaltam que Goiânia tem o dever de manter-se firme na defesa da democracia e dos direitos sociais. “A cidade sempre esteve na vanguarda das lutas democráticas. Este momento exige que continuemos nessa trajetória de inclusão e diálogo”, destaca o texto.
A carta, que pode ser assinada de forma digital, reúne um apelo para que a população reflita sobre a necessidade de uma gestão pública pautada pela ética e pela inclusão social. O grupo critica o cenário político atual, afirmando que a ética na política e o compromisso com os mais vulneráveis devem ser centrais na escolha das novas lideranças da cidade. “Sabemos que o primeiro turno não confirmou nossas propostas prioritárias, mas não podemos retroceder”, aponta o documento.
Durante a divulgação do manifesto, em um restaurante no Centro de Goiânia, os autores anunciaram uma série de manifestações planejadas até sexta-feira, 25, dois dias antes da votação do segundo turno, que ocorre no domingo, 27.