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    Sem Insumos e Pagamentos, Médicos da Rede Pública de Goiânia Decidem Paralisar Atendimentos

    Profissionais denunciam abandono da saúde em Goiânia com falta de estrutura, atrasos salariais e troca constante de secretários

     

    Médicos cruzam os braços por três dias em protesto contra descaso na saúde pública

    Os médicos credenciados pela Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia (SMS) irão suspender os atendimentos a partir das 7h da próxima segunda-feira (9). A paralisação, que deve durar três dias, foi definida em Assembleia Geral Extraordinária Permanente realizada na última segunda-feira (4), como resposta às precárias condições de trabalho e irregularidades nos pagamentos.

    A categoria, representada pelo Sindicato dos Médicos no Estado de Goiás (SIMEGO), denuncia a crise enfrentada pela saúde pública na capital. Faltam insumos, medicamentos básicos, e equipamentos essenciais para os atendimentos, segundo o sindicato. Além disso, há problemas de infraestrutura nas unidades de saúde, insegurança no ambiente de trabalho e atrasos na regularização das remunerações e nos recolhimentos ao INSS.

    Crise na saúde em Goiânia: insumos básicos em falta e instabilidade administrativa

    A paralisação acontece em meio a uma crescente insatisfação com a gestão da saúde pública em Goiânia. Nos últimos meses, unidades de saúde têm enfrentado dificuldades no abastecimento de materiais básicos, como luvas e seringas, além de medicamentos essenciais para tratamentos urgentes. Profissionais também denunciam más condições de infraestrutura, incluindo equipamentos quebrados e salas de atendimento em estado precário.

    Essa situação é agravada pela troca constante de secretários municipais de saúde, que prejudica a continuidade das políticas públicas e aumenta a sensação de instabilidade administrativa. Além disso, recentes escândalos de gestão envolvendo desvio de verbas públicas contribuíram para a perda de credibilidade na administração da saúde municipal.

    O que dizem os médicos?

    De acordo com o SIMEGO, a paralisação foi a última alternativa diante do cenário de abandono. “Estamos lidando com falta de condições mínimas para exercer nossa profissão, além de pagamentos que não são feitos em dia. Como atender a população assim?”, questionou um representante do sindicato.

    A saúde de Goiânia pede socorro

    Nos últimos anos, a saúde pública da capital tem sido alvo de críticas recorrentes. O sucateamento das unidades de atendimento e a falta de insumos essenciais colocam em risco a vida de milhares de goianienses que dependem do sistema público. Com a paralisação, apenas casos de urgência e emergência serão atendidos, ampliando os desafios enfrentados pela população.

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