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    Dívida de R$ 3,4 bilhões escancara rombo na gestão Rogério Cruz em Goiânia

    Comurg concentra metade do débito, enquanto Saúde enfrenta R$ 600 milhões de dívidas sem empenho, comprometendo orçamento de 2025.

    A gestão Rogério Cruz (Solidariedade) encerrou 2024 deixando para trás um cenário fiscal caótico. Reportagem do jornalista Rubens Salomão, publicada no jornal O Popular nesta terça-feira (7), revelou que a Prefeitura de Goiânia acumula uma dívida total de R$ 3,4 bilhões. A Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg) lidera o montante com R$ 2 bilhões em valores não empenhados ou empenhos anulados, enquanto a Secretaria de Saúde amarga R$ 600 milhões que sequer foram registrados no balanço.

    De acordo com Valdivino Oliveira, secretário de Finanças, os débitos da Saúde apresentam um duplo problema: “Se eu for empenhar agora, vou ocupar o orçamento de 2025 com dívidas que não estão no balanço”. Isso reflete o que especialistas chamam de “orçamento fictício”, já que boa parte das despesas do município não foi contabilizada oficialmente, gerando um rombo oculto que recairá sobre futuras gestões.

    Outro ponto crítico é o Instituto Municipal de Assistência à Saúde (IMAS), onde R$ 250 milhões em dívidas sequer foram empenhados. Além disso, o aluguel de veículos da Prefeitura deixou um passivo de R$ 20 milhões.

    Críticas crescem à gestão Cruz
    A prática de anular empenhos ao longo de 2024 tornou-se rotina e é apontada como um fator central para a escalada do endividamento municipal. O descontrole orçamentário já gera consequências práticas, como atrasos em pagamentos de fornecedores e a paralisação de serviços essenciais.

    O saldo deixado por Rogério Cruz mancha ainda mais sua gestão, que enfrenta críticas recorrentes por falta de transparência e má administração dos recursos públicos. Analistas políticos destacam que o impacto das dívidas deixadas será sentido principalmente em 2025, comprometendo ações básicas da cidade, como saúde e urbanização.

    Com metade do débito concentrado na Comurg, a pergunta que fica é: por que a gestão municipal não tomou providências mais eficazes para controlar os gastos e evitar o colapso financeiro?

    A escalada da dívida levanta dúvidas sobre a responsabilidade fiscal e o comprometimento da administração com o bem-estar da população goianiense.

     

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