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    Macron ignora apelos da esquerda e nomeia centrista François Bayrou como primeiro-ministro

    Decisão ocorre em meio a crise política após queda de Michel Barnier e desafios econômicos na França

     

    Em um movimento que desafia as expectativas da esquerda francesa, o presidente Emmanuel Macron nomeou François Bayrou, líder do partido centrista Movimento Democrático (MoDem), como novo primeiro-ministro. A decisão surge após a destituição de Michel Barnier por uma moção de censura no Parlamento, aprofundando a crise política que assola o país.

    A escolha de Bayrou, um veterano político de 73 anos, visa estabilizar o governo e avançar com a aprovação do orçamento de 2025, essencial para enfrentar o crescente déficit público francês. No entanto, a nomeação desconsidera os apelos da esquerda, que detém a maior bancada parlamentar, por um primeiro-ministro alinhado com suas propostas.

    A recente queda de Barnier marcou a primeira vez desde 1962 que um governo francês foi derrubado por uma moção de censura, evidenciando a fragmentação política no Parlamento. A aliança entre a extrema-direita e a esquerda para destituir o governo anterior ressalta os desafios que Bayrou enfrentará para formar uma coalizão estável e evitar novas crises.

    A instabilidade política na França ocorre em um momento delicado para a União Europeia, especialmente com a Alemanha também enfrentando crises internas. A falta de liderança sólida nas duas maiores economias do bloco pode comprometer a resposta europeia a questões cruciais, como a guerra na Ucrânia e os preços da energia.

    Analistas apontam que a nomeação de Bayrou é uma tentativa de Macron de consolidar apoio no centro político, mas a exclusão da esquerda do processo pode resultar em oposição contínua no Parlamento, dificultando a implementação de reformas necessárias para a recuperação econômica da França.

     

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