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    Morre Jimmy Carter, ex-presidente dos EUA e ícone dos direitos humanos

    Ex-líder americano faleceu aos 100 anos, deixando um legado histórico em diplomacia, paz mundial e ações humanitárias.

    Faleceu neste domingo (29/12), aos 100 anos, o ex-presidente dos Estados Unidos, Jimmy Carter. O anúncio foi feito por seu filho ao jornal americano The Washington Post. Carter, que liderou o país entre 1977 e 1981, será lembrado como um defensor incansável da paz, dos direitos humanos e das causas humanitárias ao redor do mundo.

    James Earl “Jimmy” Carter Jr. nasceu em 1º de outubro de 1924, na pequena Plains, no estado da Geórgia, uma cidade rural onde cresceu sob valores simples. Filho de um fazendeiro e uma enfermeira, Carter destacou-se nos estudos e seguiu carreira na Marinha, onde contribuiu no desenvolvimento de submarinos nucleares. Em 1953, deixou a carreira militar para cuidar dos negócios da família após a morte de seu pai.

    Seu governo foi marcado por desafios internos e conquistas internacionais. Internamente, enfrentou uma grave crise econômica com inflação e desemprego elevados, além de uma crise energética que demandou medidas de conservação e incentivo às fontes renováveis.

    No cenário global, Carter desempenhou um papel fundamental na diplomacia. Foi o mediador do histórico Acordo de Camp David, em 1978, que trouxe paz entre Israel e Egito, e liderou a transferência do controle do Canal do Panamá ao governo panamenho, uma decisão polêmica à época, mas considerada visionária.

    Após deixar a Casa Branca, Carter dedicou-se a projetos humanitários por meio do Carter Center, atuando em campanhas de erradicação de doenças e monitoramento de eleições em países em desenvolvimento. Ganhador do Prêmio Nobel da Paz em 2002, seu legado extrapola as fronteiras americanas e ressoa globalmente.

    Jimmy Carter parte como um ícone, lembrado não apenas como político, mas como um símbolo de integridade e compromisso com um mundo mais justo.

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