Aliados de Bolsonaro especulam influência de Elon Musk nas eleições de 2026
Núcleo político do ex-presidente aposta no poder das redes sociais controladas pelo bilionário para equilibrar disputa contra adversários progressistas
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Um grupo próximo ao ex-presidente Jair Bolsonaro vem depositando expectativas na possível interferência de Elon Musk na disputa eleitoral de 2026. A informação foi divulgada pelo Blog da Andreia Sadi e aponta que o núcleo bolsonarista considera decisiva a influência de Musk, especialmente por meio do alcance de suas plataformas de rede social.
De acordo com a matéria, a estratégia seria estimular o bilionário a exercer um papel ativo na contenção de supostos excessos de regulação de conteúdo online. Além disso, integrantes do núcleo político de Bolsonaro acreditam que o empresário, conhecido por defender posições relacionadas à liberdade de expressão, poderia criar um ambiente mais favorável aos discursos e ações da direita brasileira nas redes.
“O poder de Musk em moldar o debate público nas redes sociais é inegável. Uma eventual interferência poderia ser determinante na disputa contra o campo progressista”, teria dito, sob condição de anonimato, uma fonte próxima ao grupo bolsonarista. A mesma fonte também ressalta que a aproximação iniciada durante a visita de Musk ao Brasil, em 2022, reforça a crença de que o bilionário estaria aberto a diálogos com lideranças da direita.
Até o momento, porém, não há nenhuma declaração oficial do empresário ou de seus representantes sobre um eventual envolvimento direto nas eleições de 2026 no Brasil. Especialistas em direito eleitoral e tecnologia observam que a legislação brasileira está mais rigorosa quanto ao uso de redes sociais, buscando coibir a disseminação de desinformação e discursos de ódio. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mantém vigilância redobrada, especialmente após as polêmicas que marcaram pleitos anteriores.
Contexto internacional e receio de interferência
Em âmbito global, governos e autoridades debatem o papel das big techs na circulação de conteúdo político, temendo possíveis manipulações em massa. No Brasil, a preocupação é que eventuais alterações no algoritmo ou mudanças nas regras de uso das redes possam desequilibrar a disputa eleitoral, beneficiando determinadas candidaturas.
“É fundamental que haja transparência em todas as plataformas digitais durante as eleições. Se Musk optar por interferir, voluntariamente ou não, isso deve ser avaliado com cautela pelos órgãos competentes”, afirma um analista político que atua em Brasília.
Próximos passos
Faltando mais de um ano para a campanha eleitoral de 2026, a expectativa é de que as discussões em torno do uso das redes sociais se intensifiquem. Parlamentares de diferentes espectros políticos já apresentaram propostas de regulamentação mais rígida, sobretudo após o aumento de casos de fake news em pleitos passados.
Enquanto isso, o núcleo de Bolsonaro segue confiante na possibilidade de apoio informal de Musk, embora nenhuma ação concreta tenha sido confirmada ou anunciada. A movimentação, contudo, indica que a influência das redes sociais será mais uma vez um elemento-chave na corrida pelo Palácio do Planalto.