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    Empresário bolsonarista Hang defende fim da isenção de importação em encomendas de até US$ 50 sob governo de Lula

    Hang acusa plataformas de "contrabando digital" e busca apoio de sindicatos para combater fraude e concorrência desleal no comércio eletrônico internacional.

    Luciano Hang, empresário e apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro, tem se posicionado a favor do fim da isenção de importação de encomendas de até US$ 50 destinadas a pessoas físicas no Brasil, em meio a alegações de fraude e concorrência desleal, agora sob o governo do presidente Lula. Hang é conhecido por ser o fundador da rede de lojas Havan e tem levantado a bandeira dessa mudança, alegando que as plataformas de e-commerce internacionais têm se aproveitado dessa isenção para praticar o que ele chama de “contrabando digital”.

    Hang alega que as plataformas internacionais, como AliExpress, Shein, Shopee e Wish, estão vendendo produtos sem pagar os impostos devidos, o que resulta em uma concorrência desleal com as empresas brasileiras. Ele afirma que apenas em impostos, essas plataformas deixam de arrecadar mais de R$ 60 bilhões em 2022, e esse valor ultrapassará R$ 100 bilhões em 2023. Além disso, ele também argumenta que há uma prática de “contrabando digital”, em que o nome de pessoas físicas é utilizado indevidamente como remetentes, o que configura fraude.

    Recentemente, Hang convidou Ricardo Patah, presidente da central sindical UGT (União Geral dos Trabalhadores), para visitar as instalações de sua empresa em Santa Catarina. Essa aproximação de Hang em relação aos sindicatos é considerada significativa, uma vez que os sindicatos foram alvos de ataques por parte de aliados e apoiadores de Bolsonaro nos últimos anos. Durante o encontro, Hang solicitou ajuda para combater as plataformas digitais internacionais que, segundo ele, estão prejudicando as empresas brasileiras e sonegando impostos.

    A proposta de revogação da isenção de importação de encomendas de até US$ 50 destinadas a pessoas físicas pode ter um impacto significativo nas compras internacionais realizadas pelos consumidores brasileiros, bem como nas operações das plataformas de varejo internacionais que atuam no país. A discussão sobre essa medida envolve questões como a concorrência desleal, a sonegação de impostos e a necessidade de regulamentação do comércio eletrônico internacional, levantando debates e opiniões divergentes na sociedade e no setor empresarial, agora sob o governo de Lula.

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