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    CGU aponta distorções contábeis de R$ 202 bilhões em cinco ministérios

    Auditoria identificou falhas em controle de pagamentos, medicamentos e estoques

    A Controladoria-Geral da União (CGU) divulgou nesta quarta-feira (19) um relatório que aponta distorções contábeis de R$ 202 bilhões em cinco ministérios do governo Jair Bolsonaro.

    Os ministérios com as maiores distorções foram:

    • Agricultura: R$ 142,9 bilhões
    • Educação: R$ 17,1 bilhões
    • Saúde: R$ 15,9 bilhões
    • Cidadania: R$ 6,3 bilhões
    • Infraestrutura: R$ 20,3 bilhões

    As inconsistências identificadas envolvem falhas em controle de pagamentos, medicamentos, estoques, imóveis e classificação contábil.

    Por exemplo, no Ministério da Agricultura, as distorções estão relacionadas ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). Os auditores da CGU identificaram falhas na contabilização dos programas Fundo de Terras, Reforma Agrária e Funcafé.

    No Ministério da Educação, as falhas estão relacionadas ao Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) e à Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). Os auditores identificaram valores diferentes reconhecidos contabilmente pela pasta em relação aos valores registrados na Caixa e no Banco do Brasil.

    No Ministério da Saúde, as falhas estão relacionadas ao controle de medicamentos e perda de estoques. Os auditores identificaram medicamentos vencidos, estoques abaixo do necessário e falta de controle de validade.

    No Ministério da Cidadania, as falhas estão relacionadas aos programas Auxílio Brasil e Auxílio Gás. Os auditores identificaram falhas em controles de pagamento aos beneficiários, estornos, benefícios não sacados e autorizações de pagamento a famílias que não se enquadraram no perfil para receber o benefício.

    No Ministério da Infraestrutura, as falhas estão relacionadas às concessões de aeroportos. Os auditores identificaram distorções de R$ 2,3 bilhões de registros equivocados nas contas de créditos a receber.

    A CGU recomendou aos ministérios o aprimoramento dos controles internos para correção das distorções identificadas.

    O relatório da CGU é um alerta para o governo federal sobre a necessidade de melhorar a gestão dos recursos públicos. As distorções contábeis identificadas podem causar prejuízos financeiros e sociais aos brasileiros.

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