Jovens podem fazer a diferença, mas precisam aprender a política
João Victor, presidente da LAEP, acredita que viver é um ato político, e dentro da universidade, isso não é diferente.
“É extremamente necessário que o universitário acompanhe as decisões que são tomadas dia após dia, e que impactarão diretamente na vida dele, para que assim possa exercer atividades cívicas de maneira consciente”, afirma.
As instituições de ensino têm um papel fundamental na formação de cidadãos politicamente conscientes e ativos. “Desde o ensino fundamental, elas moldam o estudante para que ele tenha comportamentos cívicos e aprenda a conviver em sociedade. Elas também promovem atividades que desenvolvem pensamento crítico, debates construtivos e ampla participação”.
No entanto, elas ainda não estão fazendo o suficiente para educar os jovens sobre política. João Victor defende que as instituições deveriam funcionar como uma escada para o desenvolvimento cognitivo e político do cidadão, começando com conhecimentos mais acessíveis com linguagem adequada para as crianças e progressivamente avançando para conceitos mais complexos e mostrando como o sistema funciona.
João Victor tem convicção de que os jovens podem fazer a diferença na política. Eles trazem uma perspectiva fresca, novas ideias e uma energia vital para o cenário político. “Mas precisam ter educação política de qualidade”, afirma.
“Olhando de forma linear a gente entende que a criança de ontem é o jovem de hoje, que se tornará um adulto amanhã”, diz. “Futuramente o jovem ocupará um espaço de relevância política, e se tiver os conhecimentos necessários, que precisam ser acumulados ao longo da vida, a diferença política poderá ser nítida”.