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    Indiciado por associação ao PCC, goiano se apresenta como presidente do PRTB em SP

    O Partido Renovador Trabalhista Brasileiro (PRTB) tem atraído atenção nacional após lançar a pré-candidatura do goiano Pablo Marçal à Prefeitura de São Paulo. No entanto, a legenda agora se vê envolvida em uma polêmica com a nomeação de Tarcísio Escobar, indiciado por associação ao Primeiro Comando da Capital (PCC), como presidente municipal do PRTB em São Paulo.

    Leonardo Alves de Araújo, conhecido como Leonardo Avalanche, preside o PRTB nacionalmente e também goiano. Sob sua liderança, o partido lançou a pré-candidatura de Pablo Marçal, que inicialmente figurou em terceiro lugar nas pesquisas. A nomeação de Escobar, ocorrida em 18 de março e revogada três dias depois, chamou a atenção pelo histórico criminal do indivíduo.

    Escobar, que já foi indiciado por associação criminosa em julho de 2023, manteve-se ativo na política do partido até recentemente, participando de encontros e firmando alianças. Em seu Instagram, ele se intitulava presidente do PRTB-SP e promovia eventos ao lado de Pablo Marçal e Leonardo Avalanche.

    A nomeação de Escobar foi recebida com perplexidade. Vanessa Barros Machado, presidente do PRTB em Goiás, defendeu Avalanche: “Não acredito que o nosso presidente nacional, Leonardo Avalanche, tenha ligação com qualquer atividade ilícita”. Seu marido, Santana Pires, ex-presidente do PRTB em Goiás, também defendeu Avalanche, destacando sua honestidade e dedicação.

    Além da polêmica envolvendo Escobar, Leonardo Avalanche enfrenta uma disputa interna no PRTB. Fundadores do partido protocolaram denúncias de compra de votos de filiados para favorecer a chapa de Avalanche, envolvendo valores que chegam a R$ 300 mil e um carro Mercedes. Essas acusações foram levadas à Polícia Federal do Distrito Federal. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE), presidido pelo ministro Alexandre de Moraes, impugnou as eleições internas do ano passado, resultando em um novo pleito em fevereiro deste ano.

    Pablo Marçal, agora enfrentando dificuldades em seu segundo partido, já havia lidado com problemas semelhantes no Pros durante sua tentativa de candidatura à Presidência da República em 2022. A disputa judicial interna no Pros levou à suspensão de sua candidatura em favor do apoio a Luiz Inácio Lula da Silva.

    A situação no PRTB apresenta novos desafios para Marçal, que precisará navegar pelas controvérsias internas e pela associação de membros do partido com atividades criminosas enquanto se prepara para as eleições municipais em São Paulo.

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