Caiado entra na faixa de 6% e aproxima-se de governadores mais conhecidos
Em cenário sem Bolsonaro, governador de Goiás sai de 2% para 6% entre abril e junho e empata com Zema; ritmo de crescimento reforça estratégia de ampliação da visibilidade nacional.
A nova rodada da pesquisa Datafolha, realizada nos dias 10 e 11 de junho, mostra que o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), passou de 2% para 6% das intenções de voto no cenário testado para a Presidência da República em 2026 sem a presença de Jair Bolsonaro.
Com esse desempenho, Caiado empata com o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), e se aproxima de Ratinho Junior (PSD), do Paraná, que aparece com 11%. O nome mais bem posicionado entre os candidatos da direita segue sendo Tarcísio de Freitas (Republicanos), com 21%, liderando entre os eleitores identificados com o campo conservador.
O avanço de Caiado, embora ainda discreto, reflete um ritmo constante, com crescimento de cerca de meio ponto percentual por mês desde abril. A tendência coincide com uma estratégia de ampliação de sua presença em estados fora do Centro-Oeste, região onde já possui base consolidada.
Goiás tem 7,05 milhões de habitantes, enquanto Minas Gerais soma 20,5 milhões e o Paraná, 11,4 milhões. A diferença populacional impacta diretamente na exposição nacional dos governadores. Mesmo assim, Caiado conseguiu se colocar na mesma faixa de nomes com maior projeção midiática, o que reforça a importância do tempo e da visibilidade para uma eventual consolidação.
O desempenho de Caiado ainda está abaixo do mínimo de 10% que pré-candidatos precisam atingir até junho de 2026 para se viabilizarem como presidenciáveis competitivos e garantirem presença nos debates eleitorais. Contudo, a curva ascendente indica que o governador goiano pode atingir esse patamar com a manutenção do atual ritmo de crescimento.
O ex-presidente Lula (PT) segue liderando a pesquisa, com 37% das intenções de voto, enquanto votos brancos, nulos e indecisos somam 19%.
Nos bastidores, o avanço de Caiado é avaliado como um movimento relevante dentro de um cenário ainda indefinido na direita, sem uma liderança única após a saída temporária de Bolsonaro da corrida presidencial.
