Possíveis candidatos à presidência em 2026 começam a se destacar
Lula lidera intenções de voto; direita apresenta múltiplos nomes para a disputa presidencial
Com menos de dois anos para as eleições presidenciais de 2026, diversos nomes começam a surgir como potenciais candidatos ao Palácio do Planalto. O atual presidente, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), é apontado como provável concorrente em sua sétima disputa nacional, buscando um inédito quarto mandato. Com 52% de aprovação, segundo pesquisa Quaest de dezembro de 2024, Lula é favorecido por indicadores econômicos positivos, como o menor desemprego da história (6,1%), ganho real do salário mínimo de 6% e crescimento econômico acima de 3% por dois anos consecutivos. Programas sociais ampliados, como o Bolsa Família e o Minha Casa Minha Vida, além da criação do “Pé de Meia”, que já beneficia 4 milhões de estudantes do ensino médio, também fortalecem sua posição. Os desafios incluem controlar a inflação de alimentos, que atingiu quase 8% em 2024, e a alta nos combustíveis, com a gasolina subindo 24% entre 2023 e 2024.
Jair Bolsonaro (PL), embora inelegível até 2030 devido a condenações, busca reverter sua situação jurídica, mas enfrentau dificuldades semelhantes às de Lula em 2018. Caso não consiga, deverá indicar um aliado próximo no momento oportuno.
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), desponta como favorito da direita, do mercado financeiro e da imprensa, devido à sua agenda liberal que inclui privatizações e defesa do teto de gastos.
Pablo Marçal (PRTB), empresário e coach, surpreendeu na corrida eleitoral paulistana em 2024 e se posiciona ideologicamente próximo a Bolsonaro, mas busca independência política. Pesquisa Quaest de setembro o colocou com 18% das intenções de voto, empatado tecnicamente com Tarcísio (15%), porém atrás de Lula (32%). Sua rejeição é de 43%.
Ronaldo Caiado (União Brasil), governador de Goiás, enfrenta o desafio de consolidar apoio dentro de seu partido, dividido entre sua candidatura e a de Lula. Além disso, 59% dos eleitores nacionais ainda não o conhecem.
O cantor sertanejo Gusttavo Lima manifestou interesse em concorrer à presidência. Sua popularidade é um ponto a favor, mas a falta de experiência política, a proximidade com Bolsonaro e uma oratória considerada fraca são obstáculos significativos.
Eduardo Leite (PSDB), governador do Rio Grande do Sul, pode representar seu partido na disputa, embora o PSDB tenha perdido espaço para o bolsonarismo na polarização com o PT. Apesar de sua habilidade oratória, sua competitividade em uma eleição presidencial é questionada.
O cenário político para 2026 ainda está em formação, com a centro-esquerda tendendo à unificação em torno de Lula, enquanto a direita se apresenta fragmentada entre diversas candidaturas.