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    Aava Santiago aciona MPT e Ministério de Contas contra junta médica contratada pela Prefeitura de Goiânia

    Vereadora denuncia recusa e redução de atestados médicos por parte do SESI, contratado para atuar em perícias de servidores municipais

    A vereadora Aava Santiago (PSDB) protocolou, nesta segunda-feira (23), uma denúncia no Ministério Público do Trabalho (MPT). O alvo da notificação é o Serviço Social da Indústria (SESI), contratado pela Prefeitura de Goiânia para realizar perícias médicas de servidores municipais.

    Além disso, Aava encaminhou a mesma denúncia ao Ministério Público de Contas (MPC), vinculado ao Tribunal de Contas dos Municípios (TCM). A parlamentar questiona a legalidade da contratação, bem como a falta de economicidade, já que o município possui estrutura própria para esse tipo de serviço.


    Parlamentar aponta violações e riscos à saúde

    De acordo com Aava, desde que o SESI passou a operar as perícias, houve aumento nas queixas dos servidores. Muitos relatam que seus atestados são recusados ou têm o tempo de afastamento reduzido, mesmo com documentos completos e assinados por profissionais habilitados.

    Por exemplo, atestados psiquiátricos com indicação de 30 dias de afastamento têm sido reduzidos pela metade. Além disso, a vereadora destaca que o SESI usa o número de atestados negados como métrica de produtividade contratual, o que distorce o objetivo do serviço médico.

    “É inadmissível que o contrato considere como eficiência o ato de negar direitos”, afirma Aava. Para ela, essa lógica prejudica a saúde dos servidores e desrespeita seus direitos fundamentais.


    Denúncia inclui falhas operacionais e assédio

    Conforme a parlamentar, os problemas não param por aí. Na notificação, ela aponta também:

    • Demora na marcação de perícias;

    • Falta de retorno imediato sobre validação de atestados;

    • Negativas de atendimento a servidores acamados;

    • Descontos indevidos no salário por faltas injustamente computadas.

    Além disso, Aava denuncia uma possível prática de assédio institucional, relatada por diversos servidores. Conforme os relatos, há constrangimento, exposição e suspeita sistemática sobre os laudos médicos apresentados.


    Contrato ampliado pode gerar custos desnecessários

    Outro ponto levantado é a ampliação do contrato com o SESI, que agora inclui reabilitação e readaptação funcional. No entanto, segundo Aava, esses serviços poderiam ser executados pela estrutura já existente na Prefeitura, o que evitaria gastos extras.

    Portanto, a parlamentar considera a terceirização injustificada e prejudicial ao interesse público.


    Aava pede investigação e responsabilização

    A vereadora solicita que os órgãos de controle abram procedimento investigativo, apurem eventuais irregularidades e garantam protocolos técnicos e transparentes para análise de atestados. Ela também cobra mais rigor na fiscalização da readaptação funcional dos servidores.

    Para fortalecer a denúncia, Aava anexou relatos e documentos comprobatórios que, segundo ela, evidenciam a gravidade do caso.

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