Concursados de Goiânia rejeitam projeto de ampliação de contratos temporários
A discussão sobre a ampliação da validade dos contratos temporários proposta pelo Vereador Sargento Novandir tem gerado polêmica entre os aprovados no concurso público de Goiânia. Eles apontam diversos motivos pelos quais são contrários ao projeto, que busca estender de 2 para 4 anos a duração dos contratos de trabalhadores temporários na cidade.
Ampliação de contratos temporários e suas implicações:
Segundo os concursados, o aumento do número de contratos temporários vai contra o Plano Nacional de Educação, que estabelece a meta de que as redes de ensino tenham 90% de servidores efetivos até 2024. O temor é que o crescimento desses contratos reduza as vagas destinadas aos profissionais concursados, tornando a realização de novos concursos cada vez mais escassa.
Além disso, eles apontam que os contratos temporários acabam ultrapassando a vigência dos concursos públicos. Afinal, a renovação desses contratos é automática em Goiânia, enquanto a prorrogação de um concurso efetivo depende da autorização do Prefeito Rogério Cruz. Essa situação é desvantajosa para os aprovados, pois as vagas que deveriam ser destinadas a eles são ocupadas por temporários, impedindo sua efetivação no tempo estipulado pelo concurso.
Outro ponto destacado pelos aprovados é a falta de estabilidade e autonomia dos trabalhadores temporários, que podem ser demitidos a qualquer momento. Nesse sentido, os temporários acabam se tornando reféns de questões políticas e da gestão municipal. Muitos acabam deixando seus postos na prefeitura ao receberem propostas de emprego mais atrativas, o que contribui para a alta rotatividade de funcionários.
Os contratos temporários também não contribuem para a previdência municipal, o Goiânia Prev, afirmam eles. Assim, a prefeitura pode ficar sobrecarregada ao depender de um número reduzido de servidores efetivos para contribuírem para o sistema. Essa situação, segundo os concursados, poderia resultar em um aumento de impostos, como IPTU, ou em cobranças adicionais aos poucos servidores efetivos.