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    Médicos relatam atual caos no Samu para Sandro Mabel

    Profissionais da saúde temem que o Samu deixe de funcionar em breve na capital por falta de médicos e de ambulâncias

    Pré-candidato a prefeito de Goiânia, Sandro Mabel (União Brasil) se reuniu, na tarde desta segunda-feira (8/7), com médicos que atuam no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) da capital. O relato dos profissionais da saúde é de caos no serviço de emergência prestado à população goianiense.

    De acordo com o presidente da Associação dos Servidores da Urgência e Emergência Públicos Privados de Goiás (ASES), Judson Kennedy, nenhuma ambulância do Samu em Goiânia está circulando com médicos. “Há apenas três rodando e que estão funcionando com enfermeiros”, disse.

    O objetivo do encontro foi debater os desafios enfrentados do serviço essencial, que envolvem baixa frota de ambulâncias por ausência de repasse para manutenção, além da falta de médicos por não renovação dos contratos dos credenciados.

    “O caso é muito sério e não dá para esperar até o início de 2025 para resolver. Estamos falando de vidas. Se não for feito algo urgente, o Samu será completamente destruído antes do fim do ano. Por isso, me propus a ir até o Ministério Público e também buscar auxílio junto ao governador Ronaldo Caiado”, disse Sandro Mabel.

    Bombeiros

    A médica Ivana Nunes, que trabalha no Samu desde 2007, conta que nunca viveu uma situação tão delicada como agora. “Em todos esses anos, nunca vi algo tão desastroso, enfrentamos muitos momentos delicados, como na Covid-19, mas nada similar com o que estamos passando hoje. Em outubro do ano passado, tínhamos 73 médicos, em julho deste ano são apenas 41, porque a Prefeitura não renovou o contratado dos credenciados ”, disse.

    Ivana explica que a Secretaria Municipal de Saúde deixou de preencher corretamente os relatórios exigidos pelo Ministério da Saúde. Isso fez com a Prefeitura não cumprisse os requisitos e perdesse parte da verba federal, que poderia ser utilizada na manutenção das ambulâncias. “Sem atualizar o sistema, com dados como ocorrências e quilômetros rodados, perdemos a habilitação para receber recursos do Governo Federal”, completou.

    Sem receber os repasses para a manutenção das ambulâncias, as oficinas deixaram de realizar o serviço. Sem veículos do Samu para atender a população goianiense, o Corpo de Bombeiros tem sido a alternativa da população na capital que precisa de socorro urgente. O coronel Marcos diz que a serviço de emergências da corporação aumentou drasticamente. “No último mês, tivemos 500 ocorrências a mais”, afirmou.

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