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    Aava Santiago reage a fala de secretário que chamou vereadores de “imbecis” e cobra explicações formais

    Vereadora do PSDB critica fala de Uugton Batista e questiona gastos com fogos ilegais no Arraial de Goiânia durante decreto de calamidade

    Aava Santiago cobra explicações após secretário chamar vereadores de “imbecis”

    A vereadora Aava Santiago (PSDB) cobrou explicações públicas do secretário municipal de Cultura, Uugton Batista, durante sessão da Câmara de Goiânia, nesta quarta-feira (25). A cobrança veio após uma declaração considerada ofensiva ao Legislativo.

    Durante uma solenidade no dia 30 de maio, Uugton afirmou: “Existe muita gente imbecil. Inclusive vereador aqui imbecil.” A fala causou reação imediata de parlamentares. Segundo Aava, o comentário desrespeita todos os mandatos eleitos democraticamente.

    Além disso, a vereadora afirmou que o secretário desperdiçou a oportunidade de apresentar ações da pasta. Em vez disso, preferiu atacar o Parlamento.

    “Essa fala desrespeita a Câmara. Ele precisa se explicar à sociedade e mostrar mais respeito à democracia”, declarou Aava.


    Requerimento formal e exigência de esclarecimentos

    Logo após o episódio, Aava protocolou um requerimento solicitando que a Secretaria de Cultura esclareça formalmente a fala. O documento foi elaborado com base no Regimento Interno da Casa e aguarda votação.

    Se for aprovado, o requerimento será encaminhado para resposta oficial. Dessa forma, a vereadora reforça o dever do Legislativo de fiscalizar a conduta dos representantes do Executivo.


    Denúncia sobre fogos barulhentos no Arraial

    Durante seu discurso, Aava também criticou os gastos da Prefeitura com o “Grande Arraiá de Goiânia”, realizado entre os dias 18 e 29 de junho. Ela apontou que a gestão contratou uma empresa por R$ 60 mil para a queima de fogos com estampido, proibidos por lei.

    A Lei Municipal nº 10.896/2019, de autoria do vereador Anselmo Pereira (MDB), proíbe fogos barulhentos em eventos públicos. Mesmo assim, a Prefeitura autorizou a prática.

    “Quem será responsabilizado? A empresa, o secretário ou o contribuinte?”, questionou a vereadora. Para ela, a gestão ignora a lei e compromete a própria credibilidade.


    Contradições com o decreto de calamidade

    Além da ilegalidade, Aava apontou incoerência entre os gastos e a tentativa do Paço de manter o decreto de calamidade pública. Na avaliação da vereadora, a Prefeitura envia sinais confusos sobre suas prioridades.

    “É inaceitável gastar com festas enquanto falta investimento em saúde, educação e limpeza. Cultura é essencial, mas precisa respeitar a legalidade e o bom senso.”


    Críticas ao uso político da Cultura

    Por fim, Aava alertou sobre o uso político de recursos culturais. Ela afirmou que parte das contratações da gestão parece beneficiar relações pessoais, e não o interesse público.

    “Quando o Parlamento se cala, a democracia se enfraquece. Eu não me calo. Fiscalizo, proponho e represento quem me elegeu. Se isso incomoda, é porque estamos no rumo certo.”

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