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    Suprema Corte da Argentina confirma condenação de Cristina Kirchner por corrupção

    Ex-presidente foi sentenciada a 6 anos de prisão e perdeu o direito de exercer cargos públicos; caso marca queda definitiva de figura central do kirchnerismo

    Cristina Kirchner é condenada por corrupção e fica inelegível

    A Justiça argentina condenou a ex-presidente Cristina Kirchner a seis anos de prisão por corrupção. A decisão, que a impede de exercer cargos públicos, representa o golpe mais duro ao kirchnerismo desde sua chegada ao poder, em 2003.

    A condenação ocorreu no caso conhecido como “Vialidad”, que apurou irregularidades na concessão de obras públicas na província de Santa Cruz, reduto político da família Kirchner. As investigações revelaram um esquema bilionário de desvio de verbas e favorecimento ao empresário Lázaro Báez, aliado próximo do casal Kirchner.

    Mesmo após a condenação em primeira instância, Cristina manteve o foro privilegiado como vice-presidente até 2023. Durante esse período, ela articulou nos bastidores para impedir os efeitos imediatos da pena. No entanto, com a decisão da Corte Suprema, a sentença está confirmada. A prisão, contudo, depende da tramitação de recursos e da perda total das imunidades parlamentares.

    A defesa da ex-presidente rejeita as acusações e insiste que o processo é fruto de uma “perseguição judicial”. Cristina denuncia o uso político do Judiciário, conhecido como “lawfare”, e afirma que setores da direita e da mídia orquestraram a ação para destruí-la eleitoralmente.

    Embora ainda possa recorrer a instâncias internacionais, Cristina está oficialmente fora de qualquer disputa eleitoral. Com isso, seu capital político sofre forte abalo, justamente no momento em que a esquerda peronista busca se reorganizar frente ao governo de Javier Milei.

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