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    Governo do Irã desliga a internet e levanta suspeitas de censura e controle

    Regime justifica bloqueio com ciberataques e ameaças à infraestrutura nacional, mas medida levanta questionamentos sobre repressão digital

    Irã desliga o país da internet por mais de 48 horas e cita risco à segurança nacional

    O regime do Irã suspendeu o acesso à internet global por mais de 48 horas. A medida extrema, segundo o governo, visa conter ciberataques à infraestrutura crítica, proteger sistemas bancários e blindar plataformas digitais. A porta-voz oficial, Fatemeh Mohajerani, confirmou a decisão em entrevista à imprensa local.

    “Declaramos anteriormente que, se necessário, mudaremos para uma internet nacional e restringiremos o acesso à internet global. A segurança é nossa principal preocupação”, afirmou Mohajerani.

    Entre os motivos citados, o governo mencionou o controle remoto de drones inimigos via internet e o ataque a uma corretora de criptomoedas. Para as autoridades iranianas, a troca livre de informações representa uma ameaça grave em tempos de instabilidade.

    Por outro lado, entidades internacionais de direitos humanos condenaram a medida. Elas apontam que o bloqueio compromete a liberdade de expressão, restringe o acesso à informação e inibe manifestações online. Especialistas avaliam que o regime pode estar usando o argumento da segurança para justificar o controle político da população.

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