• Nacional

    PDT rompe com base do governo Lula após escândalo no INSS e saída de Carlos Lupi

    Bancada de 17 deputados declara independência após falta

    A bancada do PDT na Câmara dos Deputados anunciou nesta terça-feira (6) que deixará oficialmente a base do governo Lula. A decisão vem quatro dias após a saída do então ministro da Previdência, Carlos Lupi, em meio ao escândalo sobre descontos não autorizados em aposentadorias do INSS.

    Segundo o líder da bancada, deputado Mário Heringer (MG), o partido passa a se declarar “independente”, sem, no entanto, migrar para a oposição. Ele negou que a decisão tenha sido uma retaliação, mas afirmou que o caso do INSS foi “a gota d’água”.

    “O problema de relacionamento com o governo já vem de muito tempo. A questão do INSS foi mais um episódio. Não é retaliação. Foi o pingo que faltava no copo cheio”, disse Heringer.

    Carlos Lupi, presidente do PDT, participou da reunião em Brasília. Durante o encontro, Heringer também destacou que o governo Lula não tem retribuído o apoio dado pela legenda.

    “Não há reciprocidade. O PDT sempre esteve disposto a apoiar o governo, mas faltou respeito institucional com o partido”, completou.

    Novo nome no ministério

    No lugar de Lupi, o governo nomeou Wolney Queiroz, também do PDT. Ele ocupava o cargo de secretário executivo da Previdência. A substituição ocorreu uma semana após a Polícia Federal e a CGU deflagrarem uma operação para apurar fraudes envolvendo descontos associativos em benefícios do INSS.

    Apurações em curso

    As investigações indicam que o esquema começou em 2019, ainda no governo Bolsonaro, e continuou nos anos seguintes. Até agora, a Polícia Federal identificou irregularidades em parte dos R$ 6,3 bilhões movimentados com essas cobranças entre 2019 e 2024.

    O caso já levou à exoneração do presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, e ao afastamento de quatro dirigentes da autarquia, além de um policial federal.

    Últimas Notícias