PGR pede ao STF que mantenha prisão de Braga Netto por risco à investigação
General da reserva é acusado de tentar acessar delação de Mauro Cid; decisão está nas mãos de Alexandre de Moraes

⚖️ Procuradoria afirma que soltura comprometeria processo
A Procuradoria-Geral da República (PGR) enviou nesta segunda-feira (2) um parecer ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra a soltura do general da reserva Walter Braga Netto. Ele é um dos réus da ação penal que apura a tentativa de golpe de Estado. Além disso, está preso desde dezembro de 2023, acusado de tentar obter acesso indevido à delação de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro.
📑 Defesa quer derrubar decisão anterior de Moraes
A manifestação da PGR responde a um recurso apresentado pela defesa do general. Os advogados pedem a revogação da decisão do ministro Alexandre de Moraes, que manteve a prisão preventiva. O despacho de Moraes foi assinado em 22 de maio.
No entanto, para o procurador-geral da República, Paulo Gonet, a liberdade de Braga Netto ainda representa risco ao andamento da investigação. Segundo ele, não há espaço para medidas alternativas.
🛡️ Gravidade das acusações motiva permanência da prisão
Gonet argumenta que a prisão se justifica pela gravidade das condutas atribuídas ao general. Além disso, destaca o risco de reiteração do crime e de obstrução da instrução processual.
“A gravidade concreta dos delitos, a lesividade das condutas e os perigos de reiteração delitiva e de obstáculo à instrução criminal são motivos suficientes para justificar a manutenção da custódia cautelar”, afirmou o procurador.
🧭 Moraes analisará o recurso nos próximos dias
Agora, cabe ao ministro Alexandre de Moraes reavaliar o pedido da defesa. Até o momento, o STF ainda não definiu uma data para a decisão.
O caso segue como parte das investigações da chamada trama golpista, que apura ações e articulações para impedir a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva após as eleições de 2022.