• Nacional

    Popularidade de Lula desaba: Ipec registra 43% de avaliação negativa e Datafolha mostra 40% de reprovação

    Governo enfrenta pior momento desde o início do terceiro mandato; aprovação não passa de 28% nas pesquisas

    As pesquisas mais recentes do Ipec e do Datafolha revelam um cenário político difícil para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A avaliação negativa de seu governo atingiu patamares recordes, refletindo o desgaste da imagem presidencial em meio a desafios econômicos, atritos com o Congresso e frustração de parte do eleitorado.

    Segundo o levantamento do Ipec divulgado nesta quarta-feira (12/6), 43% dos brasileiros consideram o governo Lula “ruim” ou “péssimo” – o maior índice de reprovação já registrado pelo instituto desde o início do atual mandato. Já o Datafolha mostra que 40% reprovam a gestão e apenas 28% aprovam o desempenho do presidente.


    Ipec: rejeição bate recorde histórico

    A pesquisa do Ipec, realizada entre os dias 5 e 9 de junho com 2.000 pessoas em 129 municípios, revela o aumento da insatisfação com o governo. O número de avaliações “ótimo” ou “bom” caiu de 27% em março para 25% em junho, enquanto as avaliações “regulares” caíram de 30% para 29%.

    A desaprovação à forma de governar de Lula também subiu: 55% disseram não aprovar, contra 39% que aprovam e 6% que não souberam responder.


    Datafolha: aprovação estagnada

    No Datafolha, a tendência é semelhante. A pesquisa ouviu 2.004 pessoas entre 10 e 11 de junho e indicou 40% de avaliação “ruim/péssimo”, um ponto percentual a mais do que em abril. A taxa de “bom/ótimo” caiu para 28%, contra 29% no levantamento anterior. A parcela que considera o governo “regular” foi de 32% para 31%.


    Perfil de quem aprova e reprova

    De acordo com o Ipec, a rejeição é mais expressiva entre:

    • Eleitores de Bolsonaro (75%)

    • Pessoas com renda superior a 5 salários mínimos (59%)

    • Mais escolarizados (51%)

    • Evangélicos (50%)

    Já a aprovação concentra-se entre:

    • Nordestinos (38%)

    • Eleitores de Lula no segundo turno (53%)

    • Menos escolarizados (36%)

    • Católicos (32%)

    • Pessoas com renda de até 1 salário mínimo (33%)


    Impactos e leitura política

    A combinação das duas pesquisas indica que o governo Lula vive seu pior momento desde a posse, em janeiro de 2023. A queda de popularidade é atribuída a fatores como:

    • Escândalos administrativos (como os descontos indevidos no INSS);

    • Dificuldades na articulação política;

    • Sensação de estagnação econômica;

    • Frustrações na base progressista e resistência entre setores conservadores.

    Apesar de avanços pontuais, como o recuo da inflação e a melhoria de indicadores do PIB, os resultados ainda não se converteram em apoio popular.

    Noticias relacionadas