Lula lidera cenário com Tarcísio de Freitas, mas polarização com Bolsonaro ainda domina, aponta pesquisa CNT/MDA
Levantamento mostra fragilidade do centro e crescimento de votos brancos, nulos e indecisos

Pesquisa CNT 2026: Lula lidera sem Bolsonaro; com ele, há empate técnico
Levantamento nacional revela primeiros cenários da eleição presidencial e avalia percepção da população sobre temas sensíveis
A nova edição da Pesquisa CNT de Opinião, divulgada nesta terça-feira (17), traça os primeiros cenários da disputa presidencial de 2026. O levantamento, realizado entre 11 e 15 de junho pelo Instituto MDA, ouviu 2.002 pessoas presencialmente. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais, com 95% de nível de confiança.
📊 Sem Bolsonaro na disputa, Lula lidera com folga
No cenário 2, que exclui Jair Bolsonaro (PL), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) aparece com 30,5% das intenções de voto. Logo atrás, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), surge com 18,3%. Na sequência, Ciro Gomes (PDT) tem 14,6%.
Além desses nomes, Ratinho Júnior (PSD) registra 8,1%, Ronaldo Caiado (União Brasil) aparece com 4,1% e Romeu Zema (Novo), com 4,0%. Já os votos brancos e nulos somam 14%, enquanto 6,4% dos entrevistados afirmaram estar indecisos.
⚖️ Com Bolsonaro, cenário se polariza e empate técnico se confirma
Quando Jair Bolsonaro é incluído na disputa (cenário 1), o levantamento mostra uma acirrada polarização. O ex-presidente registra 31,7%, contra 31,1% de Lula — resultado considerado empate técnico dentro da margem de erro.
Nesse contexto, Ciro Gomes aparece com 10,2%, Ratinho Júnior com 4,8%, Romeu Zema com 3,4%, e Ronaldo Caiado, com 3,3%. Além disso, 10,5% afirmaram votar em branco ou nulo, e 5% disseram estar indecisos.
Portanto, a presença de Bolsonaro consolida a polarização. Por outro lado, sua ausência provoca uma fragmentação do voto conservador, principalmente beneficiando Tarcísio, ainda que ele não ameace a liderança de Lula diretamente.
📉 Eleitores demonstram insatisfação com temas atuais
A pesquisa também investigou questões sensíveis que afetam a avaliação do governo federal e o debate público. Veja os principais destaques:
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Aumento de impostos: rejeitado pela maioria da população;
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Descontos indevidos do INSS: alvo de críticas, sobretudo entre aposentados;
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Regulação das redes sociais: vista como uma ameaça à liberdade de expressão;
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Denúncias contra Bolsonaro: seguem repercutindo como fator de instabilidade política e judicial.
Além disso, a maioria dos entrevistados demonstrou pessimismo em relação aos próximos seis meses, principalmente nas áreas de emprego, saúde, educação, segurança pública e renda.