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    Sete líderes do Comando Vermelho vão para presídios federais

    Juiz determina transferência de lideranças da facção após operação que deixou 121 mortos no Rio de Janeiro

    O juiz Rafael Estrela Nóbrega, da Vara de Execuções Penais do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, determinou a transferência de sete líderes do Comando Vermelho para presídios federais de segurança máxima. A decisão ocorreu após a Operação Contenção, que terminou com 121 mortos, entre eles quatro agentes de segurança.

    Os presos são Arnaldo da Silva Dias (“Naldinho”), Carlos Vinicius Lírio da Silva (“Cabeça do Sabão”), Eliezer Miranda Joaquim (“Criam”), Fabrício de Melo Jesus (“Bicinho”), Marco Antônio Pereira Firmino da Silva (“My Thor”), Alexander de Jesus Carlos (“Choque”) e Roberto de Souza Brito (“Irmão Metralha”). Eles estão entre os principais articuladores do crime organizado dentro do sistema prisional do Rio.

    Dois investigados ainda aguardam decisão

    Dois nomes seguem sob análise judicial: Wagner Teixeira Carlos e Leonardo Farinazzo Pampuri, o “Léo Barrão”. O juiz deu prazo de cinco dias para que a Polícia Civil envie informações adicionais. Assim, ele poderá fundamentar a decisão conforme a Lei 11.671/2008.

    Além disso, o caso do cabo da Marinha Riam Maurício Tavares Mota continua em tramitação na Vara de Organização Criminosa. As investigações apontam que o militar operava drones para o Comando Vermelho e criava dispositivos capazes de acoplar granadas. Ele também teria treinado integrantes da facção para utilizar os equipamentos em ataques a grupos rivais.

    Medida busca conter o crime dentro dos presídios

    O magistrado afirmou que a transferência tem como objetivo evitar que os líderes continuem coordenando ações criminosas a partir das unidades prisionais do estado. Dessa forma, o juiz destacou que a decisão prioriza a segurança coletiva e a estabilidade do sistema carcerário.

    “O Poder Judiciário deve preservar o interesse coletivo sobre o individual, especialmente diante do risco real de reincidência e coordenação de crimes a partir do cárcere”, afirmou Rafael Estrela Nóbrega.

    Com a transferência, as autoridades pretendem interromper a comunicação entre os detentos e suas organizações. Assim, o sistema federal de segurança máxima busca restabelecer a função preventiva da pena e reduzir a influência das facções criminosas no país.

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