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    Lupi admite dificuldade em calcular quantos beneficiários do INSS sofreram descontos irregulares

    Ministro da Previdência diz que fraudes são antigas e operação do governo busca recuperar valores desviados

    O ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, afirmou nesta semana que ainda é difícil estimar o número exato de aposentados e pensionistas do INSS que sofreram descontos irregulares em seus benefícios. A declaração foi dada após a deflagração da Operação Sem Desconto, que investiga fraudes em convênios com associações e sindicatos que vinham recebendo valores sem autorização dos segurados.

    Segundo Lupi, o problema é estrutural e vem sendo identificado desde gestões anteriores. “É difícil mensurar o total de atingidos, pois se trata de uma prática antiga, que se manteve por anos sem fiscalização adequada”, afirmou. O ministro também garantiu que o governo está atuando para reparar os danos e responsabilizar os envolvidos.

    A operação, conduzida pela Controladoria-Geral da União (CGU), Polícia Federal e o próprio INSS, identificou o pagamento de mensalidades associativas não autorizadas, o que configuraria fraude. Estima-se que milhares de beneficiários foram impactados, especialmente idosos com pouca familiaridade digital.

    O Ministério da Previdência já iniciou uma auditoria interna, bloqueou repasses suspeitos e estuda formas de garantir a restituição dos valores aos aposentados. Lupi também ressaltou que as vítimas não terão prejuízo permanente e que a apuração deve continuar até que todos os responsáveis sejam identificados.

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