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    Milhares protestam no 1º de maio na França contra a reforma da Previdência e preocupações com a inflação

    Manifestantes exigem melhores condições de trabalho e aposentadoria digna em meio à crescente preocupação global com a inflação

    Nesta segunda-feira, 1º de maio, a França vivencia protestos de milhares de pessoas contra a reforma da Previdência proposta pelo presidente Emmanuel Macron. Os protestos ocorrem em um cenário de crescente preocupação com a inflação e greves em todo o mundo nos últimos meses.

    O líder do sindicato CFDT, Laurent Berger, afirmou que este é um grande 1º de maio e que os protestos são uma resposta do mundo do trabalho à reforma da Previdência. A reforma proposta por Macron, que adia a idade da aposentadoria de 62 para 64 anos em 2030, tem gerado confrontos entre a polícia e manifestantes radicais em várias cidades francesas desde seu anúncio em 16 de março.

    A segunda economia da União Europeia (UE) está no centro das atenções desde o início dos protestos em janeiro. Representantes sindicais de países como Coreia, Turquia, Colômbia e Espanha estão presentes em Paris para apoiar os manifestantes franceses.

    A reforma da Previdência na França levanta questões sobre a importância do trabalho na vida dos cidadãos, especialmente após a pandemia de COVID-19 e a crise climática. Ambientalistas denunciam a reforma como “climaticida” e pedem melhores condições de trabalho e aposentadoria digna em todo o mundo.

    Além disso, a invasão russa à Ucrânia em fevereiro de 2022 tem causado preocupação global com a perda do poder aquisitivo e o aumento dos preços dos alimentos e da energia. Reivindicações por aumentos salariais também estão presentes em manifestações e greves em países como Reino Unido, Portugal, Grécia, Canadá e Argentina.

    Os sindicatos na França estão decididos a continuar a luta contra a reforma da Previdência, que consideram injusta. A saída para a crise parece difícil, e a imposição da reforma deteriorou a confiança dos franceses em Macron e nas instituições, beneficiando a deputada de extrema direita Marine Le Pen.

     

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