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    Eleições Turcas 2023: O Futuro da Democracia e Geopolítica em Jogo

    A uma semana das eleições, Erdogan enfrenta oposição unida e crescente insatisfação popular

    A uma semana das eleições gerais na Turquia, o presidente Recep Tayyip Erdogan enfrenta pela primeira vez em décadas o risco de perder o poder para a oposição. Este evento teria grandes consequências geopolíticas, tanto para a região quanto para a própria democracia turca.

    Erdogan tem se mantido no poder na Turquia de maneira praticamente ininterrupta desde 2003, ocupando diferentes cargos e centralizando os poderes políticos do país no cargo de presidente. Entretanto, em 2023, vencer as eleições será mais difícil, pois a economia do país enfrenta problemas e a inflação atingiu 72% em 2022.

    A oposição se uniu em torno de um único candidato, o social-democrata Kemal Kilicdaroglu, cuja campanha se concentra na resolução dos problemas econômicos, restauração da democracia e retomada das negociações para entrada na União Europeia (UE). Uma vitória da oposição significaria mudanças nas relações com a UE e a OTAN, além de uma possível aproximação com outros países ocidentais.

    As pesquisas mais recentes apontam uma corrida eleitoral bastante apertada, tanto na disputa presidencial quanto no parlamento. O portal POLITICO aponta que Kilicdaroglu, com 49%, enfrentaria Erdogan em um segundo turno, a ser realizado no dia 28 de maio.

    Nos últimos dias, diversas prisões de políticos de oposição e relatos de parcialidade pró-Erdogan nas mídias estatais aumentam as preocupações sobre a lisura do processo eleitoral. A oposição acredita na vitória, mas é fundamental ficar atento a qualquer tentativa de interferência nas eleições.

    Acompanhe a Transmissão Política nos próximos dias para mais notícias, pesquisas e informações sobre a campanha, os candidatos, o sistema eleitoral e os resultados no dia da eleição.

     

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